JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Sarah Maria Forte Diogo
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Sarah Maria Forte Diogo
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Soropita, o que matava: virilidade e violência em Dão-Lalalão (Lão-Dalalão)
Maria Neuma Barreto Cavalcante
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Sarah Maria Forte Diogo
XI Congresso Internacional da ABRALIC - Tessituras, Interações, Convergências
2008
João Guimarães Rosa inscreve-se no panorama literário brasileiro como escritor que reinventa o idioma. Caracterizando-se como um sistema, a literatura abriga em seu cerne um código literário. Diante deste código, o autor pode assumir condutas diferentes. Guimarães Rosa age no sentido de transformar as convenções estéticas e normas que o código prescreve no seio do sistema, explorando, por exemplo, as potencialidades da Língua, procurando cadenciá-la ao pensamento da personagem, construindo assim uma sintaxe que transborda de força estética, manifestação da dissolução de fronteiras que o autor propõe. Esta comunicação tem por objetivo entrever no discurso de Soropita, herói de Dão-Lalalão(Lão-Dalalão), marcas da violência de sua trajetória como ex-pistoleiro, bem como seu projeto de ser homem, sua virilidade, e as estratégias de inserção que a personagem utiliza para se estabelecer no sistema social brasileiro.
Palavras-chave:
João Guimarães Rosa
|
linguagem
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violência
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Virilidade
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Regionalismos e conflitos: estudo crítico-comparativo entre 'Til', José de Alencar, e "Meu tio o Iauaretê", de João Guimarães Rosa.
Sarah Maria Forte Diogo
13. Congresso Internacional da ABRALIC
2013
Este trabalho estabelece um estudo comparativo entre o romance Til (1872), de José de Alencar, e a narrativa “Meu tio o iauaretê” (1969), de João Guimarães Rosa, examinando duas questões: 1) a articulação dos aspectos regionais a que os dois escritores procedem a fim de abordar problemas dos meios focalizados, 2) os conflitos entre ordens culturais distintas que se desenvolvem nos espaços das duas narrativas. Para tanto, selecionamos dois personagens de cada obra: Jão Fera, de Til, e Tonho Tigreiro, de “Meu Tio o iauaretê”, ambos assassinos e marginalizados. Objetiva-se: identificar semelhanças e disparidades entre o regionalismo dos textos selecionados tomando por base os personagens escolhidos; refletir sobre as questões que são articuladas a partir da inserção dos personagens nas ambiências rurais e suas tentativas de sobrevivência ao espaço por meio de homicídios. A partir do cotejo entre esses personagens, observa-se que a alusão aos elementos regionais é fundamental para a fatura das narrativas, bem como para suas sínteses estéticas e ideológicas. Há um diálogo entre homem e região, de modo que a região engendra nos personagens problemáticas históricas e sociais, não sendo as referências a aspectos locais um ponto negativo, castradores da amplitude dos textos. Conclui-se, a partir da comparação, que o regionalismo presente nos discursos literários de José de Alencar e Guimarães Rosa é basilar para a constituição das visões de mundo vigentes no romance e no conto, tornando-se um fator produtivo e positivo à medida que reconstitui e debate certos processos de exclusão constantes em nossa sociedade. Além disso, pode-se redimensionar e, sobretudo, questionar o conceito de regionalismo, compreendido por renomados críticos literários brasileiros do século XIX e parte do século XX como um defeito capaz de diminuir o valor de algumas obras e torná-las medíocres. O regionalismo não é um defeito, mas uma forma de estilizar e problematizar o Brasil, uma vez que os aspectos regionais, orquestrados por narradores agudamente conscientes de seu tempo, mais que simples referências ou alusões, integram a dinâmica interna das narrativas, engendrando interpretações de processos sociais latino-americanos os mais diversos.
Palavras-chave:
João Guimarães Rosa
|
José de Alencar
|
regionalismos
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