JOÃO GUIMARÃES ROSA
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. Estudos culturais e pós-coloniais: literatura e voz subalterna
2013
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A ficção da infância em "Pirlimpsiquice", uma estória de João Guimarães Rosa
Arnon Tragino
Um enlace de palavras que recuperam, expõem e reconstroem universos culturais e ficcionais ainda seria um conceito menor para abarcar e definir a literatura de João Guimarães Rosa. O exercício da criação literária, visto, por exemplo, em Primeiras estórias – talvez o livro mais famoso do autor – afirmou sua alta voltagem estética; atividade exposta também em trabalhos como Sagarana (1946), Corpo de baile (1956) e Grande sertão: veredas (1956). Porém, como singularidade artística e maior especificidade estrutural em relação às outras obras, Primeiras estórias demarcou o gênero “estória” como uma forma de escrever; um estilo novo dentre os já tradicionais das letras brasileiras, mas também podendo ser um estilo tradicional reformulado: outro significado para a palavra história (neste caso, short story). A singularidade deste livro, como disse Paulo Rónai, advém de um “sabor popular”, que talvez tenha relegado à obra o status de ser a mais indicada por estudiosos para se iniciar a leitura de Rosa. Essa popularidade é manifestada em diversos vieses, tais como o ambiente familiar, personagens de caráter humilde e simples, um regionalismo mineiro, acontecimentos fantásticos e maravilhosos que atraem a curiosidade do leitor, narrativas curtas com temáticas ligadas ao folclore, à superstição e ao mistério e, dentre tantas outras mais, a infância, nosso objeto de estudo. A proposta analítica dessa comunicação, assim, é entender a cultura infantil como objeto de incursão narrativa na literatura de Guimarães Rosa. Mais especificamente, pretendese investigar a apropriação que a ficção faz dos caminhos culturais que cercam a visão de mundo dos personagens principais das narrativas feitas por crianças. Essa investigação tomará então como corpus o conto “Pirlimpsiquice”. Teoricamente, alçaremos propostas de pensadores como Antonio Candido (1989) e Eurídice Figueiredo (2010). A estória de “Pirlimpsiquice”, desse modo, fala sobre um grupo de alunos que encena uma peça numa escola interna. Guimarães Rosa constrói neste trabalho dobras ficcionais, que numa primeira leitura fazem surgir questões como: qual a relação entre invenção e realidade? Em que medida uma mentira se torna ficção? Qual a surpresa que se tem quando se faz uma encenação improvisada? O que há de mágico e maravilhoso no imaginário infantil? Para este trabalho, o foco será dado à essa curiosidade do leitor quando entra em contato com o texto, à essa reformulação da linguagem ficcional que transcorre culturas; uma literatura que fundamenta a argumentação estética como um fenômeno múltiplo, criador de mundos.
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