Com o suporte teórico de Marshall Berman, Jonathan Culler e Gaston
Bachelard, o objetivo deste artigo é fazer uma leitura dos contos A terceira margem do
rio, de Guimarães Rosa, e História porto-alegrense, de Moacyr Scliar. Pretende-se
analisar os complexos meandros de vida dos dois protagonistas e problematizar os laços
que compõem a estrutura das narrativas, já que a enunciação dos narradores (atuando
como partícipes), o tempo das narrativas e a atmosfera para a construção dos dois
universos apresentam características em comum. Partindo do discurso literário, nos dois
textos, será sinalizada a percepção dos narradores na construção e representação do
imaginário. Pretende-se abordar e discutir o jogo das palavras presentes nos textos, que
conduzem o leitor no fluir da narrativa.