JOÃO GUIMARÃES ROSA
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2014, n. 26
Artigos
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Entre a voz e a letra: as narrativas performáticas de Guimarães Rosa e Mia Couto
Telma Borges
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Zildete Lopes de Souza
p. 128-143
O escritor brasileiro, Guimarães Rosa, e o moçambicano, Mia Couto, procuram, a partir da narração performática, materializar no texto literário a tradição oral, retomando em suas produções literárias a performance narrativa dos contadores de estórias de ambas as culturas. O objetivo deste estudo é propor um diálogo entre os livros de contos: Primeiras estórias, de Guimarães Rosa, e Vozes anoitecidas, de Mia Couto, na perspectiva de seus narradores. Apesar da diferença espaço-temporal que separa essas duas obras, elas mantêm entre si um intenso diálogo. Ambas são semelhantes no que se refere aos recursos utilizados em sua construção como, por exemplo, a singularidade da linguagem, a prosa poética e a tradição oral, fio condutor dessas duas narrativas. Evidenciaremos de que forma a tradição oral está inserida na criação estética desses escritores. Para isso, serão apreciados os contos “Luas de Mel”, de Guimarães Rosa, e “Patanhoca, o cobreiro apaixonado”, de Mia Couto.
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Elegias ancestrais: J. Rulfo e G. Rosa em diálogo
Betina Ribeiro Rodrigues da Cunha
p. 157-170
Este trabalho conduz a uma visada literária e cultural, em que os olhares se voltam para as obras Pedro Páramo, de Juan Rulfo e “Sarapalha”, de Guimarães Rosa, buscando compreender valor de duas produções distanciadas pelo espaço de uma realidade geográfica mas, entretanto, próximas por interações e diálogos.
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O discurso da brasilidade na encarnação indianista, sertanista e regionalista
Lauro Roberto do Carmo Figueira
p. 171-194
A literatura brasileira, passada em revista pelos historiadores da literatura, apresenta temas de variada identificação do brasileiro em diversas manifestações nativistas: Indianismo, Sertanismo, Regionalismo e Nacionalismo. Desde os primeiros textos literários, ainda em escritores com formação erudita, em Portugal, os historiadores detectam a condução do homem nascido no Brasil, emoldurado pela geografia, fauna, flora, língua e pelos costumes, à sublimação estética. Assim, em gêneros diversos: narrativa, poema épico, sátiras poemática e epistolar e teatro, encontram-se discursos definidores dos elementos particulares de uma nação, a determinar suas diferenças e autonomia em face de outras culturas. Este estudo evidencia as correspondências entre o desenvolvimento histórico nacional e sua expressão na linguagem literária. O tema nacional ocorre desde a lírica catequética de Anchieta, passando pela revisão modernista dos temas urbanos e rurais, recorrentes no cânone literário brasileiro.
Palavras-chave do autor:
Brasileiro
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Nacionalismo brasileiro
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Nativismo brasileiro
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