JOÃO GUIMARÃES ROSA
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jul. 2015 a dez. 2015, v. 19, n. 37
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"Conversa de bois": uma fábula de João Guimarães Rosa
Alexandre Veloso de Abreu
p. 63-80
Este artigo apresenta o conto “Conversa de Bois” de João Guimaraes Rosa em uma perspectiva fabular. O conceito de fábula abarca um grande espectro de significações, que vai desde: resumo, intriga, conjunto, construção, até o conceito mais formalista, que lhe dá um sentido mais material. No entanto, imprimiu-se no gênero como característica principal, o cumprimento de uma ação e o uso do antropomorfismo (quando animais assumem características humanas). Na verdade, essa característica é que define o gênero fábula, pois as personagens principais são animais. O termo fábula vem do latim, fari, que significa falar ou do grego, phao,significando contar algo. A narrativa tem uma natureza simbólica e/ou alegórica, retratando uma situação vivida por animais, remetendo-se à situação humana, com o objetivo de transmitir certa moralidade. Lembrando a estrutura proppiana entende-se que ao explorar a fábula, o autor mineiro recusa o estado efêmero do fazer literário, entendendo-o como constante e cíclico, um eterno exercício de reconhecimento. Não há como encerrar algo essencialmente inclinado a se perpetuar. A obra literária se emancipa de seu tempo, contexto e espaço, seguindo como expressão autônoma que é. A conversa é de bois e os ouvintes são os humanos. A literatura e o sertão são do mundo.
Palavras-chave do autor:
Conto maravilhoso
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fábula
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João Guimarães Rosa
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Sagarana
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Formas atuais de bichos muito antigos: a atualização do conto popular em "Como ataca a sucuri", de Guimarães Rosa
Cláudia Lorena Vouto da Fonseca
p. 37-60
Este estudo discute algumas questões relativas à gênese do Conto, além de discutir a relação de oposição entre Forma simples x Forma artística. Tomamos Guimarães Rosa como paradigma, pois o autor resgata, em sua obra, aspectos referentes às formas ancestrais de contar, atualizando-os. Como contista, a partir do aproveitamento dos temas e das formas populares, características das narrativas de tradição oral, que utilizam com frequência o elemento maravilhoso, o autor tece seu próprio contar. Seu feitio, porém, não se assemelha ao dos compiladores, mercê de um trabalho minucioso e artesanal com a palavra, o qual acaba por atribuir à tessitura do texto uma especificidade que intriga, encanta e convida ao jogo. Estudamos essa atualização do conto popular de tradição oral na obra de Guimarães Rosa à luz da Metalinguística bakhtiniana, utilizando o conto “Como ataca a sucuri”, de Tutaméia; como exemplo desse fato, pois cremos que sua teoria ajuda a esclarecer os aspectos da obra rosiana que dizem respeito ao discurso. A direção que tomamos em nossa análise, diz respeito, justamente, ao discurso na obra do autor mineiro, sobretudo às formas de citação desse discurso, fator relevante em seu fazer literário.
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