JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Revista Athena
jul. 2011 a dez. 2011, n. 1
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"Retábulo de São Nunca": diálogo e experiência
Vanderluce Moreira Machado Oliveira
Neste texto empreendemos uma interpretação do conto “Retábulo de São Nunca” inserido no livro póstumo Estas Estórias (1969 [1985]) de João Guimarães Rosa. Pretendemos discutir nesta leitura crítica a experimentação com a escrita, pois neste conto há traços característicos do gênero trágico, presença de elementos culto e popular e o diálogo com as narrativas primevas. Para isso, lanço mão dos estudos de Sergio Vicente Motta, no livro, O engenho da narrativa e sua árvore genealógica: das origens a Graciliano Ramos e Guimarães Rosa (2006), afiançado nos estudos de Scholes e Kellogg, afirma que há na nossa literatura sombra da tradição. Para ele, houve desdobramentos a partir da narrativa matricial designada como ramos e galhos. Neste conto Rosa discute sobre o casamento, tema comum na literatura desde a antiguidade, mas o autor subverte a tríade encontro, desencontro e reencontro das narrativas primevas e narra o desencontro amoroso de um jovem casal que mesmo sentindo forte apelo emocional optam por não se casar depois de terem visitado uma capela antiga onde fora encontrado um painel de um santo misterioso.
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