JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Estação Literária
jul. 2016, v. 17
Artigos
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A contação dos bois: uma leitura sobre as vozes bovinas no conto “Conversa de bois”, na obra
Sagarana
Andréa de Morais Costa Buhler
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Jorrana Ferreira de Melo
p. 114-134
O presente artigo realiza um estudo sobre o conto “Conversa de Bois”, publicado em Sagarana (1984), de João Guimarães Rosa. Partindo do universo popular da narrativa, passando pelo recurso do mito utilizado, o nosso estudo, situando as relações de dependência e servidão da personagem Tiãozinho e dos bois ao carreiro Agenor Soronho, focaliza a reflexão das vozes bovinas na qual se encadeia uma crítica à marcha civilizacional de subjugo ao reino animal. Precisamente o desrecalque da fala dos bois, liberando a imagem de uma ancestralidade escravizada e emudecida pelo tempo histórico, reclama um lugar de justiça e visibilidade para a alteridade obliterada.
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Consciência ecológica em "Tapiiraiauara", de Guimarães Rosa
Alexandre Vilas Boas da Silva
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Anderson Teixeira ROLIM
p. 135-147
A obra de João Guimarães Rosa é povoada por variada fauna. A caracterização singular que a assinala é resultado dos exercícios descritivos do autor, como se verifica em Ave, palavra (1970). De modo geral, a representação dos animais na obra rosiana segue duas possibilidades: protagonismo e utilitarismo. Tanto num quanto noutro, a afeição pelos animais é manifesta. A partir desse cenário, o presente artigo objetiva observar a construção do discurso ecológico na obra rosiana, através da atitude estratégica do narradorpersonagem do conto "Tapiiraiauara", de Tutameia (1967). Encerra reafirmando a intimidade e a empatia da obra com os animais.
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O espectro da besta no homem em “Meu tio Iauaretê”, de Guimarães Rosa
Geisy Nunes Adriano
p. 148-161
O animal habitou o primeiro círculo relacional do homem em sua relação com o mundo, tanto em forma de carne e couro, como sob o manto da magia. Povoa, também, o imaginário primitivo, tal como o contemporâneo, consistindo em uma de suas primeiras metáforas, ademais é tema recorrente na história das representações. Nesse contexto, o prisma literário disseca e expõe o espectro da besta entranhado no homem. Valendo-se, a literatura, de um raciocínio analógico sob essa relação, a presente pesquisa propõe a análise das representações de animais na obra “Meu Tio o Iauaretê”, de Guimarães Rosa, a partir do diálogo com produções literárias e filosóficas, tendo como referencial teórico os estudos de Agamben (2002), Bataille (1993), Deleuze; Guattari (2012), Derrida (2002), Maciel (2008; 2011), entre outros.
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