JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Fólio : Revista de Letras
2015, v. 7, n. 1
Artigos
1/5
O mestiço e o imigrante em Guimarães Rosa: o estranhamento em "A volta do marido pródigo"
Aline Maria Magalhães de Oliveira
p. 13-32
Este artigo pretende ressaltar a importância do tema do estrangeiro na obra de Guimarães Rosa. Mostraremos como o autor concede o discurso a indivíduos marginalizados, como o mulato e o imigrante no conto “A volta do marido pródigo”, e como atua como um transculturador e constrói pontes entre mundos e culturas diferentes. Mesmo quando os conflitos identitários não são solucionados, como é o caso da narrativa aqui estudada, percebe-se o respeito do autor pelas diferenças culturais, sem valer-se de estereótipos ou ideias preconcebidas a respeito de cada cultura. Evidenciaremos também como o autor ressalta a importância desses sujeitos na construção do país, seja através do braço do imigrante para o trabalho, seja na formação de um povo multiétnico, através das miscigenações, de que o retrato do mulato Lalino Salãthiel é o exemplo mais evidente.
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2/5
A poética moderna em "A terceira margem do rio", de João Guimarães Rosa
Bárbara Del Rio Araújo
p. 33-46
Este trabalho tem o objetivo de apresentar o conto “A Terceira Margem do Rio” à luz da poética moderna. Para isso, é proposta uma pequena revisão da fortuna crítica da obra a fim de mostrar as suas limitações e a pertinência do caráter moderno nessa narrativa. A intenção é demonstrar o lugar de indeterminação da obra em que se apresenta um aspecto e seu contrário, impedindo qualquer fixação normativa de sentindo e representação.
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3/5
Procedimentos narrativos em "Conversa de bois"
Cássio Roberto Borges da Silva
p. 47-66
O presente ensaio empenha-se em descrever os procedimentos narrativos adotados por Guimarães Rosa em “Conversa de Bois”, conto de Sagarana. Trata-se de um texto que, ao explorar intensamente os recursos da prosopopeia, emprega uma técnica de exposição que sobrepõe distintos estratos narrativos, enunciados paralelamente. No desfecho do conto, contudo, observa-se a reversão simultânea de ambos os processos, de tal forma que a convergência entre os planos discursivos resulta não apenas na dissolução das personificações, mas também na dispersão da individuação do protagonista, lançado em um devir animal. Pretendemos, portanto, efetuar alguns apontamentos sobre as especificidades que envolvem o manejo da convenção letrada na escrita de Rosa.
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4/5
Buriti e brejo: cartografia, geodesia e alegoria em
Corpo de baile
e
Grande sertão: veredas
Érico Coelho de Melo
p. 67-91
A sobreposição das coordenadas dos principais cenários geográficos de Corpo de baile ao mapa dos percursos de Riobaldo em Grande sertão: veredas revela uma significativa intertextualidade topográfica, produto da ancestralidade genética comum aos dois livros-irmãos. Este artigo procura demonstrar a articulação geográfica e alegórica entre as sete novelas e o romance a partir do dialogismo mapa ↔ texto. No nível microcósmico dos cenários das tramas, destaca-se o vivaz alegorismo dos lugares e espécies naturais do Sertão, espelhado nas formas geodésicas das narrativas.
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5/5
Reminisção: o autor morre ou finge que morre
Maryllu de Oliveira Caixeta
p. 93-118
O conto “Reminisção” de Tutaméia alegoriza a autoria com a paródia da teoria platônica das reminiscências que pressupõe um sentido superior como fundamento das formas dos gêneros. Romão casa-se com uma mulher que a cidade satiriza. No final, morre nos braços dela que se transfigura na imagem canonizada de Nhemaria. A representação torna-se hagiográfica desde que Romão morre ou finge morrer com um sorriso verossímil capaz de validar a ficção de uma unidade que produz indeterminação ou deforma a dualidade clássica de forma e fundo. A deformação faz-se como paródia da forma que, segundo Bakhtin, resulta da relação do autor com a personagem; relação que regula a exigência clássica de exotopia com dialogismo e transgrediência. O autor dá acabamento à forma dotando-a de autoridade semelhante à do coro, pluralidade de sentidos, que radica a representação na vida social. A morte de Romão corresponde à do autor de um cânone fingidor.
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