JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Número/Exemplar de periódico
Revista Memento
2015, v. 6, n. 2
Artigos
1/2
Um certo Godot no vau da Sarapalha: redução mimética de espaço e tempo
Luiz Paixão Lima Borges
p. 1-12
O presente trabalho pretende uma análise comparatista entre as obras “Sarapalha”, conto do livro Sagarana, de Guimarães Rosa, e Esperando Godot, peça teatral de Samuel Beckett. Percebemos que as duas obras, embora pertencentes a gêneros literários distintos, e escritas em condições de produção específicas, possuem vários pontos que as aproxima. Consideramos que o confinamento espaço-temporal dos personagens é um ponto de convergência entre as duas obras em seus aspectos composicionais. Observamos, também, os vários jogos que são estabelecidos, visando a ocupar o tempo cronológico e psicológico dos personagens; assim como o passado que se incorpora de maneira profundamente arraigada em suas vidas e a perplexidade diante da existência se configuram no constructo dos textos.
Palavras-chave atribuídas pela pesquisa:
Espaço
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Literatura Comparada
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Tempo
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Estória ou história? A dicionarização literária do termo através da concepção de Guimarães Rosa
Robson Caetano dos Santos
p. 1-16
O presente artigo analisa algumas das narrativas intercaladas e independentes presentes na obra Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, buscando refletir sobre suas matrizes orais sertanejas com fundo épico e mítico em uma tentativa de (re)interpretação da definição apresentada pelo autor sobre os termos História e Estória, proposta no prefácio de sua obra Tutaméia, tendo como referencial teórico os estudos de Walnice Nogueira Galvão, Alexandre Veloso de Abreu e Arrigucci Jr., dentre outros. É evidenciado que as narrativas curtas ou estórias, além de reduplicarem alguns dos temas centrais de Grande Sertão: Veredas, demonstram a preocupação de Guimarães Rosa em representar a oralidade e a identidade do povo sertanejo com suas aventuras, dramas e tragédias, permitindo, assim, acreditar que o autor recriou, a partir do vivido e ouvido, muitas destas “estórias”, tornando mais tênue as fronteiras entre real e ficção, e, por conseguinte, entre oralidade e escrita.
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