JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Número/Exemplar de periódico
Revista Recorte
2017, v. 14, n. 2
Artigos
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"Nu corpo da canoa": desejo, silêncio e sombras em "A terceira margem do rio"
Diana Junkes Bueno Martha
p. 1-17
O conto “A terceira margem do rio”, de Guimarães Rosa, está publicado no livro Primeiras Estórias e já recebeu inúmeras leituras críticas, montagens artísticas, performances, foi cantado também por Caetano Veloso e Milton Nascimento. Neste artigo, invertendo o que ocorre no conto, é a perspectiva da escolha do pai que será examinada, em diálogo com a canção “Margem” do músico paulista Beto Furquim que recria essa mudança de ponto de vista; também será estabelecido um diálogo com o conto “Sonho de uma flauta”, de Hermann Hesse. Se essa narrativa pode ser lida como abertura ao contingente e espera angustiante do ponto de vista do filho, é possível pensar que do ponto de vista paterno tal escolha não tenha a mesma dimensão, pelo contrário, o pai mantém-se fiel à sustentação do seu desejo: ainda que o rio e a canoa signifiquem, para ele, a solidão, o silêncio, sua desconstrução, são também a sua jornada. A canção é o barqueiro desta navegação. A partir dela e de sua força lírica, vão se fiando e desfiando os fios do rio que a terceira margem obriga navegar.
Palavras-chave do autor:
"A Terceira Margem do Rio"
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Beto Furquim
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Desejo
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Guimarães Rosa
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Hermann Hesse
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Silêncio
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O acontecimento mitopoético em "Pirlimpsiquice": relações entre enunciação e enunciado
Matheus Nogueira Schwartzmann
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Vera Lúcia Rodella Abriata
p. 1-14
Este texto analisa, com base nos pressupostos teórico-metodológicos da semiótica tensiva, o conto “Pirlimpsiquice”, de João Guimarães Rosa, com o objetivo de verificar o modo como o conceito de acontecimento, estabelecido por Claude Zilberberg, manifesta-se no texto tanto no nível da enunciação quanto no nível do enunciado. Nosso objetivo é observar o modo como se dá fusão do uno e do múltiplo no texto por meio da análise da forma como o narrador, no presente, rememora um acontecimento passado vivenciado por ele quando ainda menino juntamente com seus colegas de internato. Nessa história, o menino e seus colegas, após deslizar para o imaginário, para a fantasia, acontecimento que se dá com a encenação de uma peça no colégio interno, retorna para a sua rotina. Tal trama do texto enunciado constitui-se, por sua vez, como um outro acontecimento, o acontecimento mitopoético que é o próprio conto, relatado no presente da enunciação pelo narrador.
Palavras-chave do autor:
acontecimento
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Enunciação
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Enunciado
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Semiótica francesa
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