JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Raído
2016, v. 10, n. 22
Artigos
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Conversas de bois e de bestas de carga: aproximações entre Guimarães Rosa e Aquilino Ribeiro
Marília Angélica Braga do Nascimento
p. 105-114
Embora tenham vivido em contextos diferentes — um, aquém, outro, além-mar –, João Guimarães Rosa (1908-1967) e Aquilino Ribeiro (1885-1963) podem ser aproximados por certos pontos de contato perceptíveis em suas obras, quando as examinamos com detida atenção. É possível observar analogias e, ao mesmo tempo, discrepâncias a partir de um olhar lançado sobre o estilo dos dois autores e sobre algumas de suas narrativas. É inegável que ambos trabalharam de forma autêntica com o regionalismo, a linguagem e a imaginação. Nesse sentido, este breve estudo objetiva contribuir, ainda que minimamente, para a ampliação do diálogo entre as obras dos escritores supracitados, apontando convergências entre elas. Para tanto, sob um viés comparatista, colocamos em confronto os contos “À hora de vésperas”, publicado em Jardim das tormentas (1913), obra de estreia do escritor português, e “Conversa de bois”, de Sagarana (1946), primeiro livro de contos do escritor brasileiro. Tocamos, inicialmente, de modo breve, na questão regionalista e analisamos, em seguida, as narrativas em epígrafe, focalizando os animais que nelas comparecem, em certos momentos, como verdadeiros protagonistas. Compreendemos que esse protagonismo manifesta-se, notadamente, pelo recurso da personificação e pelos diálogos que os animais travam entre si, em ambos os textos confrontados.
Palavras-chave do autor:
"À hora de vésperas"
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"Conversa de bois"
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Aquilino Ribeiro
|
Guimarães Rosa
|
regionalismo
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De sertões revestidos de magia e tragédia: representações da infância em contos de Guimarães Rosa e Miguel Torga
Karine Braga de Queiroz Lucena
p. 115-126
O presente trabalho busca estabelecer aproximações entre as obras do brasileiro Guimarães Rosa e do português Miguel Torga, ambos do século XX. A partir de estudos críticos, como as análises de Walnice Nogueira Galvão, Antonio Candido, Benedito Nunes, Massaud Moisés, Cid Seixas, entre outros, apresentam-se as noções de regionalismo e universalismo que perpassam as obras de ambos os ficcionistas. Através de uma análise intertextual dos contos "A menina de lá" e "O cavaquinho", analisar-se-ão como as personagens-crianças fazem parte de universos distintos de infância. Pretende-se, assim, estabelecer um cotejo entre os contos em questão, apresentando semelhanças e distinções neles presentes, no que tange aos temas e aos procedimentos utilizados.
Palavras-chave do autor:
Guimarães Rosa
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infância
|
magia
|
Miguel Torga
|
tragédia
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