JOÃO GUIMARÃES ROSA
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RevLet - Revista Virtual de Letras
2018, v. 10, n. 1
Artigos
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A solidariedade na tristeza em "Buriti", de Guimarães Rosa
Clarissa Catarina Barletta MARCHELLI
p. 223-242
Última narrativa de uma sequência de sete novelas de Corpo de Baile, “Buriti” encerra o ciclo rosiano, resgatando no protagonista Miguel o menino Miguilim, de “Campo Geral”. O que motivaria Guimarães Rosa a empreender a travessia das sete narrativas, quando decide abrir e fechar o conjunto Corpo de Baile com o mesmo herói? Na tentativa de responder ao mistério da personagem principal, o presente trabalho detecta na ocorrência do léxico erro em ambas as histórias um índice hermenêutico: se, quando criança, Miguilim omite o bilhete do Tio à Mãe; adulto, Miguel se cala ao conhecer Maria da Glória, como salienta Luiz Costa Lima: “A fala que se trocam é a fala das reticências, da palavra pouco explicitada”. Segundo a tradição hesiódica, o deus Eros “doma no peito o espírito e a prudente vontade”. Solidária à angústia amorosa, outra personagem feminina é convocada - Leandra. Sob o patrocínio da virilidade na etimologia do nome, a estrangeira acusará a obsolescência de um patriarcado que exige fertilização. Será Diotima, a sacerdotisa que legou a Sócrates a função e o sentido de Eros, quem mais se fará presente nas reflexões de Leandra. Na medida em que atualiza o diálogo platônico, O Banquete, Guimarães Rosa reverte o erro de MiguilimMiguel:de uma inicial hýbris à cara noção de eudaimonia. Porém, mais do que desfazer um conflito outrora trágico, o autor esboça em “Buriti” uma teoria da vontade humana solidária à divindade que preside o desejo erótico.
Palavras-chave do autor:
Decisão
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erro
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Guimarães Rosa
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Platão
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Os processos mentais em
Grande sertão: veredas
: uma análise descritiva sob a ótica da linguística de corpus e sistêmico-funcional
Ana Paula Corrêa Pimenta
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Ariel Novodvorski
p. 71-89
Este artigo propõe uma análise descritiva dos processos mentais mais recorrentes na obra Grande Sertão: Veredas (1994) de João Guimarães Rosa, com base nos pressupostos da Linguística de Corpus e Sistêmico-Funcional. Para tanto, fundamentou-se teoricamente em Perini (2008) para a discussão acerca da Gramática descritiva; em Halliday e Matthiessen (2014) sobre a Gramática sistêmico-Funcional; e em Berber Sardinha (2004, 2009) a respeito da Linguística de Corpus. Os procedimentos da análise envolvem não só um estudo do estrato léxico-gramatical dos itens em questão, como também do estrato semântico, o que propicia uma compreensão mais abrangente dos fenômenos estudados. Os resultados deste estudo ressaltam a importância de se considerar os elementos linguísticos como parte preponderante da história e da cultura de um povo, bem como a relevância de se evidenciar a considerável contribuição que a Linguística de Corpus tem trazido para os estudos linguísticos (especialmente, com corpus literário) no Brasil.
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