JOÃO GUIMARÃES ROSA
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RevLet - Revista Virtual de Letras
2019, v. 11, n. 1
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"Uma estória de amor: festa de Manuelzão": reflexões sobre a história de ocupação do interior de Minas Gerais
Luciene Pereira
p. 443-458
O presente texto visa desenvolver uma análise da novela “Uma estória de amor: festa de Manuelzão”, de João Guimarães Rosa, publicado originalmente em 1964. A análise tem o objetivo de evidenciar a representação feita por João Guimarães Rosa do processo de formação do espaço urbano, no interior de Minas Gerais. Para a análise, utilizam-se os pressupostos metodológicos da Literatura Comparada entre o texto sociológico e historiográfico de Sérgio Buarque de Holanda: “Raízes do Brasil” e a narrativa de Manuelzão, onde o processo de ocupação da Samarra remete-nos à narrativa historiográfica e sociológica de ocupação do interior do país presente em “Raízes do Brasil”. Acredita-se que a abordagem possibilitou pôr em evidência como a literatura rosiana fornece um modelo para o entendimento dos alicerces sobre os quais se desenvolve a sociedade brasileira, razão pelo qual o escritor é considerado neste trabalho como um intérprete do Brasil.
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A margem à margem de duas margens, eis o discurso literário: interculturalidade e linguística no conto "A terceira margem do rio"
Émile Cardoso Andrade
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Jucelino de Sales
p. 394-405
A discussão que, ora, apresentamos, diz respeito à investigação de cunho intercultural que perpassa o literário e o linguístico, cujo enfoque é propor um olhar analítico sobre o trabalho de invenção fictícia do escritor João Guimarães Rosa no conto A terceira margem do rio, publicado no livro Primeiras estórias. Trata-se de estudo concentrado nesse conto a respeito das relações linguísticas, literárias e ecológicas imersas no seguinte questionamento: Como Guimarães Rosa inventa através da arte da palavra, um discurso que toma elementos da ecologia (meio ambiente) para suscitar metaforicamente uma pungente significação de literatura, em suas condições de possibilidade? Nesse liame, discutiremos a noção de fictio, discurso literário e o signo ecológico que nesse conto se instaura a partir de uma terceira margem: lugar não-lugar que entre as duas bandas do rio virtualiza o discurso da própria literatura.
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