JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Revista Recorte
jul. 2019 a dez. 2019, v. 16, n. 2
Artigos
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Outras apropriações e jagunçagens: o mar de Rosa
Rafael Guimarães Tavares da Silva
p. 1-14
Retomando a tradição crítica de Grande Sertão: Veredas, proponho uma reavaliação da dimensão espacial – gráfica – e temporal – fônica – da linguagem desenvolvida por Guimarães Rosa. Aponto a relação entre esse trabalho com a linguagem e o desdobrar de certos temas fundamentais para o romance – sejam eles de viés metalinguístico, filosófico ou religioso – e encerro com a sugestão de que o autor promove uma efetiva realização do que narra por meio da própria linguagem. A análise das insólitas relações sugeridas entre certas palavras fundamentais para o desenrolar do romance, como “medo”, “demo”, “deus”, “diabo”, “Diadorim” e “Riobaldo”, entre outras, suscitará reflexões hermenêuticas de caráter mais amplo e sugestivo.
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