JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Número/Exemplar de periódico
Terceira Margem
2020, v. 24, n. 42
Artigos
1/2
De
Ramayana
a
Sagarana
: a "Bela Morte" em João Guimarães Rosa
David Lopes da Silva
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Marcelo Marinho
p. 8-28
Tal como na epopeia de Rama (herói de Ramayana), Augusto Matraga cumpre um período de banimento na mata, conduzido por um casal de “sadhus” (ascetas que se dedicam à vida espiritual) e um sacerdote. Em seu “ashram” (local ermo e selvático, destinado a práticas espirituais), Augusto aproxima-se dos desmunidos e dedica-se a meditação e preces, precisamente como Rama. Ao termo de sua ascese, Augusto confronta-se voluntariamente com seu duplo, Joãozinho Bem-Bem; ao final de uma coreografia marcial dedicada a Shiva, entrega-se à Bela Morte e alcança redenção e renome. O episódio espelha a missão para a qual Rama é predestinado pelos deuses: liquidar definitivamente Ravana, o demônio de dez cabeças. Em leitura contrastiva com textos de diversas origens, o conto “A hora e vez de Augusto Matraga” será percorrido em busca de eventuais pistas que permitam também perscrutar o sentido da morte de Guimarães Rosa, anunciada previamente em sua “autobiografia irracional” e amplamente inspirada no topos homérico da Bela Morte (καλòς θάνατος).
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Meu tio o Iauaretê
: a besta, o soberano e o devir-animal
André Monteiro Guimarães Dias Pires
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Sandra Elizabeth Silva de Barros
p. 187-199
Este artigo compreende o estudo acerca do animal na literatura tendo como texto principal para análise o conto de João Guimarães Rosa intitulado Meu tio o Iauaretê. Alguns conceitos a respeito dos animais, apresentados por Maria Esther Maciel e Jacques Derrida e o conceito de devir-animal de Gilles Deleuze contribuirão para reflexões científicas e literárias sobre essas criaturas.
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