Poderá ser surpreendente fazer pendant de escritores, com Guimarães Rosa e Monteiro Lobato. Mas haverá, no mínimo, a procedência de ser ilustrativo do trabalho que aqui se apresenta. Ficou, em nossa memória mais remota de leituras, que as figuras encantadoras do imaginário infanto-juvenil europeu, em sua coorte de significados, desembarcaram, com Lobato, para nacionalizarem-se em terreiro do Brasil. Mas ficou, também, em nossa memória mais recente de leituras, que o pensamento dos antigos ou “clássicos” da Grécia, em seus sedutores achados, pousou no sertão grande de Guimarães Rosa, transfundindo-se à passagem pelas veredas da metabolização cultural brasileira. Este trabalho tem, então, o objetivo de refletir sobre tal operação, realizada no processo da alquimia literária rosiana, através de recorte estabelecido à volta do conto “A hora e a vez de Augusto Matraga”, de Primeiras estórias.
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