Este artigo tem como objetivo a abordagem entre as personagens do romance Grande Sertão:
Veredas, de Guimarães Rosa – Diadorim e Riobaldo –, e as de Miguel de Cervantes – Dom Quixote e
Sancho Pança –, no livro Dom Quixote de la Mancha, utilizando, para tanto, as teorias da
fragmentariedade do conhecimento, elaboradas por Georg Lukács, do individualismo moderno aplicado
ao romance, de Ian Watt, como também o amparo dinâmico da realidade dos homens vistas sob a ótica
da arte romanesca. A busca pela completude individual na compreensão do Absoluto, bem como o
misticismo que envolve a narrativa dessas duas grandes produções, são analisados mediante o
detalhamento estilístico e uníssono, em uma perspectiva de dependência simbiótica das personagens
umas com as outras, sopesadas pela metáfora da travessia/rito de passagem que se desenrola durante
todo o desenvolvimento das obras
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