A obra de Guimarães Rosa distingue-se por três características centrais. A primeira delas refere-se aos processos lexicogênicos, pelos quais o escritor cria, constantemente, novos vocábulos e torneios sintáticos. A segunda diz respeito ao resgate de termos raros ou inusitados, fornecidos, sobretudo, por regionalismos e arcaísmos. A terceira, finalmente, assinala sua capacidade ilimitada de fabulação, ou de invenção de uma multiplicidade de enredos.
Este trabalho tem como objetivo a nalisar em Magma, único livro de poemas de Guimarães Rosa, o lirismo telúrico rosiano, enquanto sentimento de integração e louvor à terra, a partir da leitura de poemas como "Águas da Serra", "Ritmos selvagens", "Boiada", "No Araguaia", "Toada da chuva", "Gruta do Maquiné", "Primavera na serra" e outros, que captam e revelam motivos, cores, sons e sensações de um concerto poético da natureza em seu simples e profundo existir.
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