A proposta é estudar a reapropriação, em clave minimalista, que Guimarães Rosa faz desse “capital cultural” que é a Odisseia, abordada aqui enquanto matriz do romance de aventuras e do romance de amor. Flagra-se um processo de estilização, miniaturização, estranhamento e carnavalização em “Partida do Audaz Navegante”, conto que fornece a oportunidade para uma reflexão sobre a arte enquanto sucedâneo do brincar infantil, bem como para o tratamento de questões fundamentais: a relação entre literatura e vida, a eficácia psíquica do narrar, a vida enquanto travessia (vita/via), desejo x necessidade, encontro dos contrários. Além disso, procede-se a um contraponto com Fernando Pessoa e com Caetano Veloso (“Os Argonautas”).
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