Este texto constitui o segundo capítulo de um estudo sobre a trajetória de Riobaldo em sua oscilação entre o pacto fáustico e a tradição do chamado ?romance de formação e desenvolvimento? (Bildungs? und Entwicklungsroman). Partindo de um trecho do romance O homem sem qualidades em que Musil discute os obstáculos que se colocam à arte da narrativa no século XX (antecipando reflexões teóricas de Adorno, Auerbach, Rosenfeld etc.), o estudo enfoca, no primeiro capítulo, traços do Grande sertão que o vinculariam a um épico mais primitivo. Também se estabelecem aqui algumas relações com o Doutor Fausto de Thomas Mann, romance que tem igualmente no pacto demoníaco o seu motivo nuclear. Quanto ao presente texto, está voltado às formas e imagens que o relato de Riobaldo dispensa aos conceitos de ?mal? e de ?maligno? (assim como ao seu entrelaçamento). Em seguida, enfoca a personagem de Hermógenes, que encarna uma espécie de principium maleficum que dificilmente encontra paralelo na literatura ocidental. Para expor essa especificidade da personagem rosiana, o estudo procede por fim a uma comparação com a representação do Mal (e sua correspondente personagem) no romance barroco Simplicissimus, de Grimmelshausen.
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