O artigo analisa Campo geral, primeira das sete novelas que compõem Corpo de baile (1956), de João Guimarães Rosa, sob a perspectiva da Ecocrítica, ramo dos Estudos Literários que se ocupa das relações entre literatura e meio ambiente. Buscando entender de que forma a natureza é representada na obra e como o texto nos leva a refletir sobre os valores em jogo no enredo, especificamente a relação entre natureza, saberes tradicionais e religiosidade – questões propostas pela Ecocrítica –, a análise vai sendo tecida. Observa-se, para tanto, a reorganização que o protagonista faz da realidade cultural: sua tentativa de integrar cultura e natureza reflete a recusa em viver uma vida pautada numa forma de subsistência baseada na brutalidade do mundo adulto.
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