Este trabalho tem como objetivo a nalisar em Magma, único livro de poemas de Guimarães Rosa, o lirismo telúrico rosiano, enquanto sentimento de integração e louvor à terra, a partir da leitura de poemas como "Águas da Serra", "Ritmos selvagens", "Boiada", "No Araguaia", "Toada da chuva", "Gruta do Maquiné", "Primavera na serra" e outros, que captam e revelam motivos, cores, sons e sensações de um concerto poético da natureza em seu simples e profundo existir.
Este artigo trata do lirismo de Guimarães Rosa que se volta para a idealização e sentimentalismo característicos dos contos de fada. Focaliza-se particularmente a personagem Rosalina, do romance "A estória de Lélio e Lina", do livro No Urubuquaquá, no Pinhém, velhinha de raras qualidades, cujas falas são impregnadas de poesia e sabedoria. O seu relacionamento com um moço vaqueiro, que, ao encontrá-la pela primeira vez, já se sente atraído pelos seus poderes incomuns, é mostrado como belíssimo caso de profunda afeição entre uma anciã e um jovem.
Nesta pesquisa, buscou-se abordar a relação entre as práticas de conduta social e o
processo cultural e civilizatório que envolve a temática da loucura através dos
tempos, sob os aspectos legais, psicológicos e literários, além do desenvolvimento
tanto das práticas e estilos literários, quanto das premissas de convívio harmonioso
entre a obra, o autor e os leitores. Foram analisadas opiniões e obras de
especialistas, escritores, psicólogos e cientistas sociais, bem como de diversos
profissionais das áreas afins, sobre a loucura e a sua abordagem na literatura,
possibilitando investigar, identificar em busca da superação das dificuldades de
entendimento social, cultural e civilizatório sobre a loucura, em especial na obra de
Guimarães Rosa (2005), “Sorôco, sua mãe, sua filha”, observando as
particularidades desta realidade mutável e dinâmica, para que possam agir de forma
correta e equilibrada dentro dos limites literários e das instâncias socioculturais e de
natureza psicológica.