JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Priscila de Cássia Pinheiro Castilho
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Priscila de Cássia Pinheiro Castilho
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2009
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Veredas de Transculturação: a travessia identitária nacional em 'Grande sertão: veredas', de João Guimarães Rosa
Priscila de Cássia Pinheiro Castilho
Dissertação de Mestrado
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
2009
Programa de Pós-graduação em Letras
Esta pesquisa pretende analisar a obra Grande sertão: veredas (1956), de João Guimarães Rosa como o cenário transcultural da nação, observando o discurso literário como um dos fatores da identidade nacional, sendo essa formada e transformada a partir de suas representações simbólicas. A literatura é a representação e reflexão dessa nação assim como a cultura, pois a literatura se baseia em elementos sócio-culturais para representar a nação. Guimarães Rosa tem um papel decisivo na literatura e cultura brasileira: a de transformar dilemas como o global e local, tradição e modernidade em desafios para o intelectual moderno. A partir da década de 1950, o Brasil estava passando por um momento de transformação cultural e social mediante a modernização, que implicava novos padrões de globalização. Deste modo, o resultado é o desmoronamento das culturas populares regionais. Nessa época, Guimarães Rosa publica Grande sertão: veredas (1956), onde consegue traduzir esses dilemas em arte, narrando a nação a partir do processo de transculturação, que é o enfrentamento de culturas diferentes, cujo resultado é uma fusão de elementos provenientes das culturas em confronto. Considerando a narrativa rosiana como o cenário dos conflitos culturais da nação, cabe a esta pesquisa analisar a literatura como monumento memorialístico a partir do momento que ela relata o passado por meio do presente no afã de mudar o futuro da nação. Na narrativa rosiana encontra-se, além dos conflitos culturais, os conflitos temporais que são inerentes a toda narrativa autobiográfica. Os tempos, passado e presente, se conjugam na obra para entender as transformações culturais sofridas no sertão, em que o presente recorre ao passado, ou seja, a memória, para analisar criticamente os impactos sofridos pela modernização.
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