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Narrative and (Meta)Physical Paradox in 'Grande Sertão: Veredas' and 'Pedro Páramo'
Caroline LeFeber Schneider
Dissertação de Mestrado
University of California
2011
Os romances canônicos latino-americanos Grande Sertão: Veredas (João Guimarães Rosa, 1956) e Pedro Páramo (Juan Rulfo, 1955) refletem-se através das suas fronteiras lingüísticas e outras devido a seus usos de espaços literários e regionais. Estudos prévios de ambos os trabalhos freqüentemente concentram-se – como muitos estudos dos trabalhos individualmente – em uma dicotomia percebida entre o material local e regional, e a técnica estética inovadora, até “universal.” No entanto, a relação entre o cenário e a forma nos trabalhos tem pouco a ver com conflito. Antes, a análise simultânea das obras demonstra que, em ambas, as paisagens regionais arquetípicas são a fundação detalhada para a construção narrativa de espaços (meta)físicos complexos que são centrais às obras: espaços ao mesmo tempo espirituais e localizados. O verdadeiro paradoxo dos romances, a sua dicotomia aparente que é ao mesmo tempo unidade, fica na confluência dos reinos físicos e metafísicos em tanto o sertão dos percursos de Riobaldo como o Jalisco da herança terrível de Juan Preciado: para um, a terra e caminho (sertão e veredas) no qual talvez residam Deus e o Diabo, e para o outro, um povoado no qual a maldade feita e a corrupção espiritual resultaram num purgatório interativo e amarrado à terra. A complexidade destes reinos (meta)físicos é executada pelas técnicas inovadoras da narrativa nas obras, tanto nas preocupações e experiências comunicadas pelos protagonistas, como no forjamento de paradoxo, incerteza, e lacunae textuais nas narrativas em si mesmas. Em muitos aspectos, os espaços são as suas narrativas: o sertão e os caminhos de Riobaldo nele são como o “redemoinho” do refrão dele, um redemoinho narrativo, e o Comala da experiência de Juan Preciado, e em conseqüência do leitor/da leitora mesmo/a, é uma colcha tecida como isso dos campos semeados e abandonados, sua colheita as vozes dos mortos sem redenção. As texturas dos trabalhos, as aberturas forjadas neles, mais os seus pontes narrativos ao/à leitor/a, criam espaços de participação, até de integração: espaços literários da co-construção de leitor/autor de espaços telúricos de paisagem (meta)física. O cenário e a forma não estão em conflito: é devido às técnicas narrativas complexas e criativas que o sertão e Comala se transformam, em colaboração com o/a leitor/a, em geografias poderosamente internalizadas de origem tanto material como imaterial – geografias (meta)físicas para explorarem as preocupações das obras acerca da identidade, a violência, a redenção, e a relação humana com a terra.
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