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Luís Eduardo Wexell Machado
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Luís Eduardo Wexell Machado
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2008
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A álgebra mágica de Guimarães Rosa e o gênero fantástico no horizonte de expectativas dos séculos XVIII, XIX e XX
Luís Eduardo Wexell Machado
Dissertação de Mestrado
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
2008
A dissertação desenvolve um estudo sobre a álgebra mágica de Guimarães Rosa; à luz do desenvolvimento da literatura fantástica no horizonte de expectativas dos séculos XVIII; XIX e XX. No século XVIII; as relações se estabelecem com o romance Gótico e o elemento estranho que surge do exterior; no século XIX; com o gênero fantástico e o estranho que irrompe do interior humano; já no século XX; quando o universo humano se torna fantástico e o estranho faz parte do cotidiano; o neofantástico é uma possibilidade interpretativa de um fantástico que se reconcilia com o poético. O objetivo do trabalho é; portanto; por meio do estudo do fantástico em transformação a partir de horizontes de expectativas de épocas distintas; estabelecer um conjunto de elementos que nos permitam refletir sobre a aproximação estabelecida com a álgebra mágica roseana. Para compreender o efeito da literatura fantástica; bem como o da álgebra mágica; recorreu-se ao método hermenêutico de Paul Ricoeur; com ênfase no aspecto da leitura integrativa entre o mundo do texto e o mundo do leitor; em função do duplo horizonte de expectativas que a obra literária contém: o da obra em si; em sua estrutura; e o da leitura; que reescreve a obra. As relações estabelecidas à luz do corpus escolhido para análise – O Mistério de Highmore Hall; Tempo e Destino e A Terceira Margem do Rio – demonstraram que a álgebra mágica está bem distante dos conceitos da literatura fantástica dos séculos XVIII; XIX e mesmo do início do século XX; embora os primeiros contos de Guimarães Rosa guardem grande proximidade com essas tradições. A singularidade da álgebra mágica se revela; assim; por meio do vínculo estabelecido com a construção do efeito poético; em sintonia estreita com a concepção do neofantástico e a de causalidade mágica de Borges; como mostra a análise de A Terceira Margem do Rio.
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