JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Da literatura à literatura infantojuvenil: processos formativos em Guimarães Rosa
Maíra Braga Adorno Dourado
Dissertação de Mestrado
Universidade Federal de Goiás
2019
Este trabalho insere-se na Linha de Pesquisa Fundamentos dos Processos Educativos do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás. A pesquisa teve como objetivo geral compreender os elementos estéticos dos contos de Guimarães Rosa “Fita Verde no cabelo” e “A terceira margem do rio” sendo o primeiro publicado e o segundo classificado posteriormente como literatura infantojuvenil. Como objetivos específicos, buscou entender o que é uma literatura formativa a partir de dois contos de Guimarães Rosa “A terceira margem do rio” “Fita Verde no cabelo”, que, originalmente, não foram produzidos para um leitor específico; e analisar se os contos publicados como infantojuvenis mantêm elementos estéticos que instiguem a experiência formativa. A metodologia baseou-se na análise desses dois contos publicados inicialmente em livro e sem classificação de leitor e os mesmos contos publicados posteriormente e/ou classificados como infantojuvenil, sendo um apenas classificado e outro adaptado. Ainda os autores da Teoria Crítica Theodor W. Adorno, Max Horkheimer e Walter Benjamin fundamentam a pesquisa, sobretudo no que diz respeito aos estudos sobre arte, literatura e Indústria Cultural. O materialismo dialético foi o eixo norteador da pesquisa por entender que a realidade é contraditória e histórica. Percebemos que, em sua produção, os contos infantojuvenis “A terceira margem do rio” e “Fita Verde no cabelo: nova velha estória” não idealizam uma infância abstrata, infantilizada ou estereotipada, que só tem inocência, mas trata essa fase como repleta de conflitos, contradições, permeada de medo, sofrimento e angústia, por isso oferece bases para o enfrentamento da realidade. A infância é tratada como experiência social que é matriz da memória. Sendo assim, os contos apresentam uma riqueza de sentidos que não se presta ao uso instrumental ou à “pedagogização” com conteúdos preestabelecidos. Eles trazem a narrativa permeada pela experiência de quem escreve e faz a mediação para a experiência de quem o escuta ou lê. Desse modo, como é uma totalidade acabada com o inacabamento permanente, são capazes de mediar experiências e narrações no leitor. Apresentam elementos estéticos, tais como universalidade, historicidade, enigma, alegoria, mimese, com relações de semelhanças, forma e conteúdo, parte e todo, linguagem não padronizada, razão que nega o pragmatismo e a funcionalidade, sensibilidade e não expropriam o esquematismo kantiano, distanciando-se da semiformação propiciada pela indústria cultural. Em ambos os contos, as imagens enriqueceram a narrativa ao envolver o exercício do examinar, avaliar, correlacionar e, sobretudo, pensar sobre o que é visto. Esses elementos indicam o quanto os contos são formativos e realçam a literatura como produção da cultura, uma expressão da arte e a educação para a resistência à sociedade burguesa da adaptação.
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