JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Manoel de Barros
Autor:
Manoel de Barros
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Teses/dissertações
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O recado do brejo : por uma poética das sobras
Simone Rodrigues do Amaral
Tese de Doutorado
Universidade de Brasília
2008
Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literaturas
Este texto discute o sentido da criação com as sobras, especialmente no mundo Contemporâneo, caracterizado, entre outros aspectos, pela exacerbação do consumo e pelo esgotamento dos recursos naturais. Parte da observação do trabalho dos artistas Marcos Chaves, Arthur Bispo do Rosário, S. Gabriel Joaquim dos Santos e Frans Krajcberg e propõe uma aproximação entre eles em função de uma característica comum: o aproveitamento, em suas criações, do que é considerado lixo, sucata ou resto. O conto “Partida do audaz navegante”, de João Guimarães Rosa, é analisado ao lado da obra desses artistas e interpretado como uma alegoria do processo criativo que se realiza pelo aproveitamento das sobras. A poesia de Manoel de Barros perpassa todo o texto, contribuindo para a reflexão acerca das sobras na criação, uma vez que o poeta enfatiza a sua opção pelos seres, palavras e coisas desimportantes.
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A canoa da escritura formativa: trajetórias do barro pelo rio ao mar
Miraci Tamara Castro
Dissertação de Mestrado
Universidade de São Paulo
2015
Faculdade de Educação
A dissertação investiga a escritura formativa, simultaneamente, como processo de criação e como processo formativo. Para tanto, se lastreia num enfoque autobiográfico com base no ensaio (Larossa, 2006) amplamente matizado pela obra poética da pesquisadora, num diálogo intenso com pensadores, escritores e escritoras que têm a palavra como universo de investigação e criação artística, entre eles a perspectiva fenomenológica de Gaston Bachelard, a hermenêutico-simbólica de Ferreira-Santos (1998, 2004 e outros), Ferreira-Santos e Almeida (2001 e 2012), Loureiro (2008), Willms (2013) e Rubira (2006 e 2015), bem como a dos poetas da terra Guimarães Rosa e Manoel de Barros, e das poetisas das águas Neide Arcanjo e Clarice Lispector. A investigação poética durante o próprio processo (in process) explicita as dificuldades, os obstáculos, impasses, bem como a rica produção escrita e poética derivada desse processo, mais como registro do que como produto. Tal estilo investigativo, incomum aos modelos tradicionais de pesquisa acadêmica, ainda lastreados por uma lógica aristotélica e um pensamento cartesiano, linear e previdente, apresenta-se, no desdobramento e na investigação imagética, nas metáforas da palavra com o barro, a ostra, a canoa, o rio e o mar, cotejando a travessia como grande metáfora formativa. Com originalidade de estilo, esta investigação da escrita de si tenta contribuir com os processos de formação inicial de professores, tanto na especificidade do campo da literatura como da educação em geral que façam uso da escrita de forma ensaística e autoral como criação artística e de si e das artes no cotejamento da alteridade.
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Entre Guimarães Rosa, Manoel de Barros e Bartolomeu Campos Queirós: a criação de uma infância da escrita
Rosane da Silva Gomes
Tese de Doutorado
Universidade Federal de Minas Gerais
2011
A proposta desta tese é refletir sobre a infância, tendo em vista a problematização de conceitos paradigmáticos sobre o tema, via de regra, impregnados dos sentidos de falta, carência e incompletude. A abordagem cristalizada da infância como um estado precário, provisório e lacunar é equacionada neste trabalho cujo desafio é lançar outras propostas de leitura para o tema, dentre as quais o tratamento da infância como acontecimento, ligado à esfera do novo e da criação. Para tal discussão, este trabalho ancorou-se especialmente nos textos teóricos de autores como Walter Benjamin, Giorgio Agamben e Gilles Deleuze, com o propósito de pensar sobre as possíveis relações entre a literatura e a infância. Tais relações se pautaram nos contos "Jardins e Riachinhos", de Guimarães Rosa. Para explorar este modo de ver a infância buscamos convergências de narrativas rosianas aqui exploradas com textos de Manoel de Barros, Bartolomeu Campos Queirós e Graciliano Ramos. A partir de imagens literárias desses escritores foi-nos possível identificar uma poética da infância ou infância da escrita. Trata-se de escritas tecidas pelo viés de criação e desvelamento, a partir de um contínuo brincar com as palavras. O infantil na literatura foi explorado não somente como um tema, mas principalmente como uma estrutura, ou seja, uma maneira de se escrever e dar a ver a infância em seu contínuo e criativo devir, subvertendo-se, assim, a idéia de que a infância se reduz a um tempo da carência, lacunaridade e insuficiência.
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O fragmento em 'Tutaméia' e no 'Livro sobre nada'
Robeilza de Oliveira Lima
Dissertação de Mestrado
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
2009
O presente estudo está vinculado à linha de pesquisa Poéticas da Modernidade e da Pós-Modernidade, do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem, na área de Literatura Comparada - CCHLA/UFRN. Seu objetivo principal é observar a fragmentação da escritura como recurso estético privilegiado em Tutaméia, de Guimarães Rosa (1908-1967), e no Livro sobre nada, de Manoel de Barros (1916). Na pesquisa, adotamos como ponto de partida a visão de que essas obras são expressões alegóricas. Tomamos como base a concepção do filósofo alemão Walter Benjamin (1984) sobre a alegoria barroca, a qual se vale do fragmento amorfo e se constitui numa expressão dialética, em que cada pessoa, cada coisa, cada relação, pode significar qualquer outra (1984, p. 196). Observamos os recursos estilísticos usados tanto por Guimarães Rosa quanto por Manoel de Barros na construção de poéticas capazes de romper com os limites entre os gêneros artísticos, literários e discursivos, agregando à escrita elementos orais, musicais e plásticos. Analisamos ainda a elaboração de poéticas fragmentárias, em que a voz do narrador/eu-lírico, as personagens, o espaço, o enredo e o tempo exibem o fragmento como elemento que contribui para a grande ambiguidade das duas obras e para a criação de uma linguagem nova, performática e vibrante, rica em sedutoras imagens, alegorias.
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