JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Aleilton Fonseca
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Aleilton Fonseca
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Prosas do sertão: as margens da narrativa em 'Grande sertão: veredas' e em 'Nhô Guimarães'
Helder Santos Rocha
Dissertação de Mestrado
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
2014
Esta dissertação se propõe a analisar alguns aspectos atinentes à relação intertextual que se dá entre os romances Grande sertão: veredas (1956), de João Guimarães Rosa, e Nhô Guimarães (2006), de Aleilton Fonseca, sobretudo no que tange aos elementos de composição utilizados nas suas narrativas, tendo como elo o contexto sertanejo. A análise partiu de uma noção de intertextualidade, atribuída por Júlia Kristeva (1974) a partir do conceito de dialogismo bakhtiniano. Assim, buscou-se analisar, primeiramente, os sentidos atribuídos à palavra sertão no decorrer do tempo e com a invenção de suas imagens a partir de obras como a do autor mineiro – que, por sua vez, também constrói um diálogo intertextual com Os sertões (1902), de Euclides da Cunha – além do romance contemporâneo do escritor baiano, Aleilton Fonseca, que não somente retoma o sertão ficcional como contexto para seu romance, mas que também cria intertextualmente o próprio Guimarães Rosa como personagem de sua ficção. Logo, em seguida, alguns aspectos de composição narrativa dos dois romances foram tomados para a sua descrição e discussão, como a “voz” sertaneja, a criação de um relato memorialístico, a inventividade da palavra literária, além do aspecto “autorreflexivo” e pós-moderno do romance de Aleilton Fonseca. Como traço de destaque nos dois romances, pode-se dizer que se trata de narrativas de misturas de técnicas e de gêneros próprios da tradição e da modernidade, situação que demonstra a hibridez e a ambivalência de seus discursos, além de confirmar o aspecto de “mobilidade”, “ambiguidade” e “pluralidade” que boa parte da crítica rosiana atribui a sua obra. Já o romance Nhô Guimarães, além de recriação “estilística” de alguns aspectos de composição da narrativa de Guimarães Rosa, também apresenta traços que situam essa produção dentro do que alguns teóricos e críticos estão denominando de narrativa “pós-moderna”, devido ao seu aspecto “autorreflexivo” e de “metaficção historiográfica”, dados não somente pela incorporação de elementos biográficos do autor mineiro no enredo de seu romance, mas também pela própria recriação estilística de elementos e cenas do Grande sertão: veredas.
Palavras-chave do autor:
Aleilton Fonseca
|
Guimarães Rosa
|
intertextualidade
|
Narrativa
|
Sertão
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