JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Teses/dissertações
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A poética do boi: de José de Alencar a Guimarães Rosa (Um estudo da temática do boi em três recortes simbólicos da paisagem literária brasileira)
Jacir Brás Vicente
Dissertação de Mestrado
Universidade Estadual Paulista - Araraquara
1999
A tese é um estudo de um percurso de sentido - a poética do boi - de Alencar a Rosa, passando pelos pré-modernistas Simões Lopes Neto e Valdomiro Silveira. Em Alencar, o boi é sagrado, apolíneo. Nos autores pré-modernistas, oscila entre o sagrado e o profano, o apolíneo e o dionisíaco. Por último, em Rosa, é humano. O estudo de um mesmo tema em três recortes simbólicos traz considerações sobre uma poética intertextual, o metadiscurso, inserido no próprio bojo das narrativas, e mitopoesia, pois a imagem animal é o principal objeto de leitura. Alencar retoma a poética da tradição greco-latina e bíblica, os pré-modernistas a paisagem idílica e o imaginário popular, e Rosa o pensamento selvagem. Alencar e Rosa ainda referenciam o sertão, uma prática social e um intertexto, transformado em paisagem literária. A análise das narrativas não se prende a um modelo teórico, mas enfatiza os procedimentos construtivos ou temáticos que se mostraram mais significativos para a construção do sentido em determinado texto.
Palavras-chave do autor:
mito
|
Narrativa
|
representações do boi
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2/8
O chiste em Tutaméia: riso que (des)vela
Maria Guadalupe SEGUNDA
Dissertação de Mestrado
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
2009
Esta dissertação tem como objeto de estudo a análise do chiste em Tutaméia, de João Guimarães Rosa, a partir dos 04 (quatro) prefácios e 10 (dez) contos selecionados da obra. Apresenta como principal referência a teoria psicanalítica sobre o chiste e o inconsciente, de Sigmund Freud e Jacques Lacan. Ao lado do chiste como fio condutor do estudo, é abordada a questão da narrativa como uma estética fundamentada na multiplicidade de vozes do narrador, na oralidade dos folhetos de cordel, intermediada por uma intertextualidade entre a tradição culta e a tradição popular, em que se sobressai uma lógica lingüística e conceitual às avessas, ao contrário dos cânones oficiais da língua. Por fim, é estabelecida uma análise comparativa entre a concepção de vida dos personagens rabelaisianos e alguns personagens de Tutaméia, tendo como paradigma o personagem de Melim-Meloso, através do qual a alegria de viver sobrepõe-se a todas as adversidades da vida, veiculando a mensagem de que o chiste, o riso, é o melhor antídoto contra as dores e pesares da travessia humana, encontrando-se a serviço de uma maior liberdade e prazer de criação.
Palavras-chave do autor:
chiste
|
inconsciente
|
Narrativa
|
oralidade
|
riso
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3/8
Dois relatos, duas onças, três gêneros : "Meu tio o iauaretê" e "O espelho", de João Guimarães Rosa
Thaís Damasceno Felix Barcellos
Dissertação de Mestrado
Universidade Federal do Espírito Santo
2015
Centro de Ciências Humanas e Naturais
Em nossa Dissertação de Mestrado, estudaremos, sobretudo, Meu tio o iauaretê, de Estas estórias, e, ainda, O espelho, de Primeiras estórias, de João Guimarães Rosa. Estes são os objetivos gerais do presente trabalho. Em relação ao primeiro relato (uma narrativa mais longa), temos como propósito específico efetuar a sua análise por meio da teoria do gênero fantástico desenvolvida por Tzvetan Todorov, a qual leva em conta os gêneros estranho e maravilhoso. Em relação ao segundo (uma narrativa bem menos extensa), o nosso intento específico é a sua abordagem a partir do maravilhoso. Também lançaremos mão de conceitos da psicologia analítica de Carl Gustav Jung, na leitura de ambos os textos: noções como inconsciente coletivo, arquétipo, anima, animus, alma do mato (para Meu tio o iauaretê), si-mesmo ou self, persona e sombra (para O espelho). Não pretendemos, todavia, transformar os personagens das duas obras em casos clínicos, mas mostrar como aspectos da teorização junguiana, tal como ocorre com a de Freud, servem para iluminar a produção literária de um modo geral. Dois detalhes que funcionam como fatores de ligação das duas narrativas de Rosa são as presenças da figura da onça e do espelho nas páginas de ambas.
Palavras-chave do autor:
Fantástico
|
MARAVILHOSO
|
Narrativa
|
psicologia analítica
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4/8
Metalinguagens e plurissignificação em Guimarães Rosa: uma leitura de Tutaméia
Narjara Mendes Silva
Dissertação de Mestrado
Universidade Federal do Maranhão
2017
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CULTURA E SOCIEDADE/CCH
A presente pesquisa se investe da responsabilidade em analisar, a partir de grupos temáticos, alguns contos de Tutaméia (1967), último livro publicado por João Guimarães Rosa no qual encontramos um trabalho magistral de ficcionalização da linguagem em que cada palavra e ato das personagens carregam um sentido excedente, plurissignificam. Embora, algumas obras do autor, a exemplo de Grande sertão: veredas, possuam uma fortuna crítica considerável, o mesmo não se pode dizer de Tutaméia que continua a exigir leitura e reflexão. Diante dessas premissas, selecionamos os seguintes contos: Os três homens e o boi, Lá, nas campinas, João Porém, o criador de perus, Desenredo, (primeira parte), Azo de almirante e Curtamão, (segunda parte). Apropriamo-nos, para este trabalho, de algumas teorias, a saber: da Semiótica, enquanto importante instrumental observador da linguagem e a fenomenologia existencialista, pelo enfoque à percepção e à experiência na compreensão dos fenômenos da existência humana. Considerando o texto literário como um fenômeno sígnico, utiliza-se os pressupostos dessas teorias que buscam, respectivamente, interpretar o processo de produção dos signos e as funções da linguagem humana para além de suas relações com o pensamento. Ademais, busca-se as contribuições de autores como Haroldo de Campos, Vera Novis, Paulo Rónai, Antonio Cândido, Maria Célia Leonel, Benedito Nunes que já enveredaram no universo das narrativas de Guimarães Rosa, dentre outros. Portanto, o espaço ficcional dos contos rosianos permite-nos pensar a força criadora da linguagem em que os dramas humanos são representados artisticamente através dos dramas de suas personagens num movimento onde o imaginário e o universal se confundem.
Palavras-chave do autor:
fenomenologia
|
Guimarães Rosa
|
metalinguagem
|
Narrativa
|
Signo
Palavras-chave atribuídas pela pesquisa:
Linguagem e Estilo
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5/8
A configuração da violência em contos da literatura brasileira contemporânea
Aristóteles de Almeida Lacerda Neto
Tese de Doutorado
Universidade Federal da Paraíba
2012
Programa de Pós-Graduação em Letras
O presente trabalho propõe-se a realizar uma análise de contos integrantes da literatura brasileira contemporânea, a saber: A hora e vez de Augusto Matraga, de Guimarães Rosa; O cobrador, de Rubem Fonseca; e A maldição de Tibério, de Arturo Gouveia. Baseando-nos na categoria da violência, que é comum às narrativas enfocadas, procuramos investigar como esta se instaura como elemento intrínseco, afetando o conteúdo e a forma dos textos. Após o estudo dos contos, mormente a partir da ação dos heróis, traçamos um paralelo, a fim de evidenciar as peculiaridades da configuração da violência engendrada nos referidos. Concluímos que a compreensão da categoria da violência é fulcral para as narrativas contemporâneas em tela, tanto sob o aspecto temático quanto composicional, o que corrobora,considerando especialmente este último aspecto, a atipicidade estética.
Palavras-chave do autor:
Arturo Gouveia
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Guimarães Rosa
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Herói
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literatura brasileira contemporânea
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Narrativa
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Rubem Fonseca
|
violência
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Prosas do sertão: as margens da narrativa em 'Grande sertão: veredas' e em 'Nhô Guimarães'
Helder Santos Rocha
Dissertação de Mestrado
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
2014
Esta dissertação se propõe a analisar alguns aspectos atinentes à relação intertextual que se dá entre os romances Grande sertão: veredas (1956), de João Guimarães Rosa, e Nhô Guimarães (2006), de Aleilton Fonseca, sobretudo no que tange aos elementos de composição utilizados nas suas narrativas, tendo como elo o contexto sertanejo. A análise partiu de uma noção de intertextualidade, atribuída por Júlia Kristeva (1974) a partir do conceito de dialogismo bakhtiniano. Assim, buscou-se analisar, primeiramente, os sentidos atribuídos à palavra sertão no decorrer do tempo e com a invenção de suas imagens a partir de obras como a do autor mineiro – que, por sua vez, também constrói um diálogo intertextual com Os sertões (1902), de Euclides da Cunha – além do romance contemporâneo do escritor baiano, Aleilton Fonseca, que não somente retoma o sertão ficcional como contexto para seu romance, mas que também cria intertextualmente o próprio Guimarães Rosa como personagem de sua ficção. Logo, em seguida, alguns aspectos de composição narrativa dos dois romances foram tomados para a sua descrição e discussão, como a “voz” sertaneja, a criação de um relato memorialístico, a inventividade da palavra literária, além do aspecto “autorreflexivo” e pós-moderno do romance de Aleilton Fonseca. Como traço de destaque nos dois romances, pode-se dizer que se trata de narrativas de misturas de técnicas e de gêneros próprios da tradição e da modernidade, situação que demonstra a hibridez e a ambivalência de seus discursos, além de confirmar o aspecto de “mobilidade”, “ambiguidade” e “pluralidade” que boa parte da crítica rosiana atribui a sua obra. Já o romance Nhô Guimarães, além de recriação “estilística” de alguns aspectos de composição da narrativa de Guimarães Rosa, também apresenta traços que situam essa produção dentro do que alguns teóricos e críticos estão denominando de narrativa “pós-moderna”, devido ao seu aspecto “autorreflexivo” e de “metaficção historiográfica”, dados não somente pela incorporação de elementos biográficos do autor mineiro no enredo de seu romance, mas também pela própria recriação estilística de elementos e cenas do Grande sertão: veredas.
Palavras-chave do autor:
Aleilton Fonseca
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Guimarães Rosa
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intertextualidade
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Narrativa
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Sertão
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7/8
Do sertão às artimanhas do narrador: ou investigando o 'Grande sertão' e as suas veredas
Cristiane da Silva Alves
Dissertação de Mestrado
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
2011
Instituto de Letras. Programa de Pós-Graduação em Letras.
O presente trabalho busca analisar o sertão e as personagens que Guimarães Rosa imortalizou em Grande Sertão: Veredas, focando, principalmente, o modo como o autor aproveita materiais apreendidos da própria experiência, aliando-os a recursos imaginativo-fabulares de que se utiliza amplamente, recriando ou mesmo deformando a realidade em prol do universo ficcional. Igualmente, busca-se averiguar a formação dos homens e o papel das mulheres no ambiente sertanejo criado por Rosa, espaço recoberto por valores masculinos, território violento e, aparentemente, hostil ao elemento feminino. Para tanto, toma-se como base teórica os estudos sobre a família patriarcal realizados por Gilberto Freire em Casa Grande & Senzala e Sobrados e mucambos, bem como os estudos acerca do romance de Guimarães Rosa desenvolvidos por Kathrin Rosenfield e Luiz Roncari, entre outros. Dá-se destaque para a relação de Riobaldo com as mulheres, além de empreender-se uma análise mais apurada da personagem Diadorim, a ―moça virgem‖ que encarna a aparência e os valores de um jagunço destemido a fim de vingar a morte do pai e promover a ordem no sertão. Seguindo o estudo, avalia-se a travessia de Riobaldo, investigando a transformação do protagonista/narrador ao longo da narrativa: de pobre menino, órfão e sem pertences, a chefe destacado e herói, até finalmente tornar-se fazendeiro. Por fim, volta-se a presente análise para o narrador e a confiabilidade de seu relato, enfatizando-se os artifícios empregados ao longo da narração para atrair e/ou ludibriar o interlocutor (e o leitor). Após várias leituras do livro, com o apoio do referencial crítico-teórico, a principal conclusão que se extrai do estudo de Grande Sertão: Veredas é que seu texto, habilmente arquitetado, conduz a uma leitura encantatória e, não raro, ingênua. Quem pretende de fato apreender o livro, deve ser meticuloso e atento, empregando esforço crítico e constantes releituras para desvendar os significados ocultos por detrás de suas paisagens, aventuras e artimanhas narrativas. Espera-se, com este trabalho, promover a reflexão e ampliar as possibilidades de leitura e compreensão da obra rosiana.
Palavras-chave do autor:
Grande sertão: veredas
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João Guimarães Rosa
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Narrador
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Narrativa
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8/8
Peripécias do medo: um estudo de narrativas de Guimarães Rosa
Célia Marília Silva
Tese de Doutorado
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
2021
Nesta pesquisa, procuramos analisar a representação estética do medo em narrativas de João Guimarães Rosa. Para tanto, o presente estudo se divide em duas partes: a primeira corresponde ao exame do medo que invade o universo infantil em “Campo Geral” e finda com o personagem já adulto em “Buriti”; já a segunda, compreende a análise de como o medo se apresenta em meio ao universo do indivíduo idoso em duas distintas estórias “A benfazeja” e “Os chapéus transeuntes”. Assim sendo, temos como objetivo analisar o medo sentido ou provocado pelos personagens em meio aos caminhos tortuosos por eles percorridos nestas estórias, na perspectiva de compreender como o medo se firma em cada narrativa e se articula com seguimentos culturais, históricos e sociais nelas impressas estruturalmente. Buscaremos entender, também, como o medo se configura na linguagem literária, admitindo funções de caráter místico, religioso e filosófico sobre os personagens, por vezes modificando o modo como pensam, têm consciência de si e das circunstâncias em que vivem. Para o estudo específico sobre o medo adotaremos como suporte teórico Delumeau (2009) em História do medo no ocidente; Myra y López (2012) em Quatro gigantes da alma: medo, ira, amor, dever; e Michel de Montaigne (2010) em “Sobre o medo”.
Palavras-chave do autor:
Guimarães Rosa
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medo
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Narrativa
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