JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Bibliografia sobre João Guimarães Rosa
Palavra-chave:
intertextualidade
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Para além de Penélope: a tessitura mítica e intertextual em contos da literatura brasileira
Lara Maria Arrigoni Manesco
Dissertação de Mestrado
Universidade de São Paulo
2017
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
O trabalho investiga o tema da criação artística em contos brasileiros do século XX por meio da retomada da figura mítica da fiandeira e também indaga de que maneira tal diálogo intertextual com o mito pode ampliar as possibilidades de leitura dos textos em análise. Para tratar tal questão, o recorte apoia-se em narrativas em que a imagem mítica da tecelã é reelaborada como criadora de textos, de receitas culinárias, de tecidos artísticos urdidos em teares modernos, ainda que em constante diálogo com o mito. A pesquisa busca revelar, em um primeiro momento, uma reatualização do mito das tecedeiras em narrativas específicas da literatura brasileira, a saber: A Moça Tecelã (2009), de Marina Colasanti, Desenredo e A vela ao diabo (2001), de Guimarães Rosa, Colheita (1997), de Nélida Pinõn, Penélope (1998) e Ponto de Crochê (2009), de Dalton Trevisan. Por meio da análise comparativa, pretendemos mapear os ecos míticos e intertextuais que dispõem esses textos numa expressiva teia (temático-formal), pois todas as narrativas selecionadas discutem o ato criativo e as referências à tecelagem, embora respondam de maneiras diferentes a essas questões.
Palavras-chave do autor:
ato criativo
|
contos brasileiros
|
intertextualidade
|
mito das tecelãs
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Prosas do sertão: as margens da narrativa em 'Grande sertão: veredas' e em 'Nhô Guimarães'
Helder Santos Rocha
Dissertação de Mestrado
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
2014
Esta dissertação se propõe a analisar alguns aspectos atinentes à relação intertextual que se dá entre os romances Grande sertão: veredas (1956), de João Guimarães Rosa, e Nhô Guimarães (2006), de Aleilton Fonseca, sobretudo no que tange aos elementos de composição utilizados nas suas narrativas, tendo como elo o contexto sertanejo. A análise partiu de uma noção de intertextualidade, atribuída por Júlia Kristeva (1974) a partir do conceito de dialogismo bakhtiniano. Assim, buscou-se analisar, primeiramente, os sentidos atribuídos à palavra sertão no decorrer do tempo e com a invenção de suas imagens a partir de obras como a do autor mineiro – que, por sua vez, também constrói um diálogo intertextual com Os sertões (1902), de Euclides da Cunha – além do romance contemporâneo do escritor baiano, Aleilton Fonseca, que não somente retoma o sertão ficcional como contexto para seu romance, mas que também cria intertextualmente o próprio Guimarães Rosa como personagem de sua ficção. Logo, em seguida, alguns aspectos de composição narrativa dos dois romances foram tomados para a sua descrição e discussão, como a “voz” sertaneja, a criação de um relato memorialístico, a inventividade da palavra literária, além do aspecto “autorreflexivo” e pós-moderno do romance de Aleilton Fonseca. Como traço de destaque nos dois romances, pode-se dizer que se trata de narrativas de misturas de técnicas e de gêneros próprios da tradição e da modernidade, situação que demonstra a hibridez e a ambivalência de seus discursos, além de confirmar o aspecto de “mobilidade”, “ambiguidade” e “pluralidade” que boa parte da crítica rosiana atribui a sua obra. Já o romance Nhô Guimarães, além de recriação “estilística” de alguns aspectos de composição da narrativa de Guimarães Rosa, também apresenta traços que situam essa produção dentro do que alguns teóricos e críticos estão denominando de narrativa “pós-moderna”, devido ao seu aspecto “autorreflexivo” e de “metaficção historiográfica”, dados não somente pela incorporação de elementos biográficos do autor mineiro no enredo de seu romance, mas também pela própria recriação estilística de elementos e cenas do Grande sertão: veredas.
Palavras-chave do autor:
Aleilton Fonseca
|
Guimarães Rosa
|
intertextualidade
|
Narrativa
|
Sertão
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