JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Teses/dissertações
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Sagarana: o Brasil de Guimarães Rosa
Nildo Maximo Benedetti
Dissertação de Mestrado
Universidade de São Paulo
2008
O objetivo deste trabalho é o de demonstrar que o conjunto dos nove contos de Sagarana apresenta uma unidade de conteúdo. Desenvolvendo as idéias gerais de Luiz Dagobert de Aguirra Roncari expostas em um curso de pós-graduação ministrado na Universidade de São Paulo (USP) no segundo semestre de 2005, foi possível concluir que uma representação do Brasil da Primeira República constitui o significado central da obra. Esta visão possibilita posicionar Guimarães Rosa entre os intelectuais que se ocuparam de um tema candente na primeira metade do século XX, o de analisar o Brasil com a finalidade de corrigi-lo. Adicionalmente, o trabalho pretende mostrar que a determinação desse significado central é indispensável para a compreensão de Sagarana na sua totalidade.
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O diabo pé de valsa: A hora e a vez do Corpo de Baile. Ensaios do baile e da preguiça
Marcio Augusto de Moraes
Tese de Doutorado
Universidade de São Paulo
2010
A dança é um elemento cultural. Nas pesquisas que se ocupam do universo literário de João Guimarães Rosa, a dança é ainda um elemento insuficientemente pesquisado, embora o baile vinque fortemente os textos, permeando a narrativa lírica com o fenômeno dança. Entre os escritores brasileiros, dois interessam particularmente aos estudos do baile que compõem esta tese: João Guimarães Rosa e Mário de Andrade. O primeiro evidenciou claramente a intenção de apropriar-se do discurso da dança nominando um de seus livros de Corpo de Baile. O segundo, além de produzir uma série diversa de poemas dedicados ao baile, escolheu como fulcro de um dos títulos mais importantes do modernismo Macunaíma os fenômenos culturais da dança. Tanto Mário de Andrade quanto Guimarães Rosa são pródigos na construção de textos labirínticos em que se valem do próprio e do alheio, estabelecendo um diálogo de apropriação que articula a subjetividade lírica a partir de elementos extraídos da cultura popular e do cânone literário. A literatura rosiana constrói um diálogo que, por um lado, embaralha internamente a obra e, por outro, mistura nas cartas embaralhadas entretrechos de obras alheias. A leitura do entretrecho levou o presente estudo de Guimarães Rosa a Mário de Andrade. No universo desses dois escritores labirínticos, a dança e seus fenômenos são o fio de Ariadne estendido do início ao fim desta tese, que objetiva examinar, no diálogo entre linguagens diferentes a da literatura e a da dança a contribuição que a compreensão dos fenômenos da dança pode proporcionar aos estudos literários, já que a dança participa vivamente da construção da palavra literária nas obras examinadas. Esta tese se compõe de três partes. Na primeira, explora a presença da dança nos Primeiros Guimarães, buscando no labirinto dos textos o caminho do baile rosiano, que se inicia em Sagarana, atravessa o Grande Sertão: Veredas e se declara em Corpo de Baile. Na segunda parte, examina a origem e o lugar social do baile. Na terceira, rastreia a dança no cânone literário, pesquisando a função da dança nas obras de João Guimarães Rosa e, em função do diálogo estabelecido nos entretrechos, examinando particularmente a obra de Mário de Andrade e as relações entre o Mutum de Campo Geral, Corpo de Baile, e o Mutum de Macunaíma.
Palavras-chave do autor:
dança e literatura
|
diálogos literários
|
João Guimarães Rosa
|
Mário de Andrade
|
negro e literatura
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As sagas de 'Sagarana': o motivo da viagem em 'Sagarana'
Aristides Teixeira de Almeida
Dissertação de Mestrado
Universidade Federal do Rio de Janeiro
1989
Nosso trabalho demonstra que os contos de Sagarana foram estruturados a partir de formas gerais e primitivas de manifestação literária, como a legenda, o caso, o conto, a saga, o mito e a fábula. Apesar de estarem circunscritos a um espaço rural brasileiro e situados num tempo moderno, atual, estas sagas ultrapassam seus limites espacias e temporais e atingem a universalidade das imortais narrativas épicas dos tempos de Homero e de Virgílio. Em Sagarana, a unidade narrativa resulta da associação do motivo da viagem ao tema da aprendizagem, que se repetem insistentemente em todos os contos. Esta unidade harmoniza os níveis lingüísticos, estruturais e temáticos das narrativas e se apóiam numa ideologia ética, filosófica e religiosa.
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Os neologismos de 'Sagarana' e sua tradução para a língua inglesa
Rodrigo Amorim
Dissertação de Mestrado
Universidade Estadual Paulista - Assis
2003
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Passagens bíblicas em 'Sagarana' de João Guimarães Rosa
Aguinaldo Aparecido Campos
Dissertação de Mestrado
Universidade de São Paulo
2000
A proposta deste trabalho surge da necessidade de reflexão acerca da grande importância dada por Guimarães Rosa à religiosidade em sua obra. De maneira especial, a de caráter cristão acaba por se sobressair, de acordo com a escolha do autor e amaneira como essas referências encontram-se enraizadas na cultura popular. Para tanto, se faz necessário observar as manifestações de origem cristã, presentes por meio dos mais diversos índices, sobretudo a parábola. Em seguida, cumpre estudarcomo essas referências amalgamam-se às narrativas rosianas pela relação intertextual, tendo o aporte teórico de Mikhail Bakhtin e Julia Kristeva, para buscar relações entre os contextos criados por Rosa e o explicitado no texto bíblico,estabelecendo as funções que tais passagens religiosas consolidariam num texto novo, pleno de significados. Além disso, cumpre ressaltar que essas funções encontram respaldo no exame de novo contexto social onde as citações bíblicas sofrem umatransformação, responsável por um rebaixamento do sagrado ao nível da narrativa rosiana. Assim, cabe assinalar que, tanto o aspecto histórico quanto o sincrético, também se fazem notar, elucidando o complexo caminho da explicação das funções detextos sagrados reelaborados em contexto profano.
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O sertão e o musseque: um estudo comparativo entre Sagarana e Luuanda
Liliane Batista Barros
Dissertação de Mestrado
Universidade de São Paulo
2002
Do macrossistema de literaturas de língua portuguesa na linha de pesquisa Literatura e sociedade na época contemporânea: Portugal, Brasil e áfrica escolhemos as literaturas brasileira e angolana para nosso estudo com os livros Sagarana, de João Guimarães Rosa e Luuanda, de José Luandino Vieira. Pela valorização da linguagem local esses escritores criaram um mundo à parte no espaço ficcional - o sertão em Sagarana e o musseque em Luuanda - com uma geografia, flora e fauna que são parte ativa na vida das personagens habitantes deste espaço. Os seres que vivem nesse "mundo dentro de outro mundo" estão sujeitos às suas leis: um misto de acaso, de destino e de forças sobrenaturais. Pretendemos verificar as semelhanças e diferenças entre esses dois autores e a nossa escolha desses autores se justifica tanto pela formalização estética quanto pelos valores veiculados nas obras.
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Textualidade e intertextualidade em contos de 'Sagarana'
Débora Ferri
Dissertação de Mestrado
Universidade Estadual Paulista - Araraquara
2002
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Interferência da linguagem local em 'Sagarana' e em 'Luuanda'
André Custódio
Dissertação de Mestrado
Universidade de São Paulo
2004
Esta dissertação tem como objetivo o estudo comparado dos dados expressivos em Luuanda, de Luandino Vieira (Angola) e em três contos de Sagarana, de Guimarães Rosa (Brasil). Os textos dos autores são tomados de um ponto de vista supranacional, partindo do fato de que os sistemas literários dos dois países se integram em um macrossistema de literaturas de língua portuguesa. Focalizamos a oralidade como tema estruturador das seguintes narrativas: "Vavó Xíxi e Seu Neto Zeca Santos" (Vieira, 1964), "Estória do Ladrão e do Papagaio" (Vieira, 1964), "Estória da Galinha e do Ovo" (Vieira, 1964) e "Sarapalha" (Rosa, 1946), "Duelo" (Rosa, 1946) e "Corpo Fechado" (Rosa, 1946). Nesses textos, as falas registradas são retratadas de forma a conduzir a uma inflexão real das falas do musseque em Angola e do sertão no Brasil. A transposição da linguagem regional se dá de modo diverso nas culturas brasileira e angolana, o que determina diferenciações na construção das falas das mesmas. Em ambos os autores, a oralidade é parte integrante na observação da língua como processo ideológico essencialmente lúdico. Tal ludicidade aproxima o falar regional do poeta que, no seu fazer artístico, desconstrói a linguagem e recria-a de outra forma, conferindo-lhe significações sempre novas.
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Rapsódia sertaneja: leituras de Sagarana
Sílvio Augusto de Oliveira Holanda
Dissertação de Mestrado
Universidade Federal do Pará
1994
Centro de Letras e Artes. Curso de Mestrado em Letras
Tenta definir os conceitos básicos da estética da Recepção que serão utilizados no desenvolvimento da dissertação. Relaciona os elementos formais temáticos em que se qssenta a unidade de Sagarana. Analisa a recepção crítica inicial da obra em questão a partir do confronto entre os seguintes críticos: Paulo Rónai, Wilson Martins, Álvaro Lins e Antônio Cândido, destacando a problematização do conceito de regionalismo e sua pertinência à obra inicial de Guimarães Rosa.
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Veredas desanoitecidas: um estudo comparado das relações de poder e submissão em 'Sagarana' e 'Vozes anoitecidas'
Lisângela Daniele Peruzzo
Dissertação de Mestrado
Universidade de São Paulo
2002
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa
Esta dissertação tem como objetivo o estudo comparado de textos do escritor brasileiro Guimarães Rosa e do moçambicano MiaCouto, pertencentes ao macrossistema de literaturas de língua portuguesa. Estudamos as relações de poder e submissão entre as personagens de Sagarana (Rosa, 1946) e Vozes anoitecidas (Couto, 1986), especialmente em dois contos "Conversa de bois" e "O dia em que explodiu Mabata-bata", os quais trazem personagens infantis e animais. Tomamos a produção artística dos dois autores deixando de lado as questões de simples influência e privilegiando as semelhanças e diferenças nos processos de construção das personagens e na abordagem do tema dentro da realidade sócio-cultural de países marcados por um passado colonial.
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A representacao feminina em 'Sagarana'
Jacqueline Ramos
Dissertação de Mestrado
Universidade de São Paulo
1996
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Literatura Brasileira
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12/29
O Brasil de Rosa: mito e história no universo rosiano
Luiz Roncari
Tese de Livre Docência
Universidade de São Paulo
2002
O trabalho procura mostrar como Guimarães Rosa, nos seus três primeiros livros publicados, Sagarana, Corpo de Baile e Grande Sertão: Veredas, integra às duas camadas mais lidas e estudadas dos seus textos, a empírica e a mítico-simbólica, uma terceira, alegórico-histórica. Com ela, o autor procura representar, estilizadamente, algumas constantes da nossa vida social e institucional. Ela foi construída principalmente a partir das novas interpretações históricas que começaram a aparecer com as crises mais profundas vividas pela República, já nos inícios da década de vinte do século passado. Nela, Guimarães explora as tensões criadas pelo embate entre forças ordenadoras e desordenadoras - reeditando aqui a luta entre barbárie e civilização seja no plano da vida privada, seja no da vida pública. Desse modo, o autor norteia também a sua estratégia literária na busca de uma representação do país, na medida em que este participa das mesmas tensões universais resultantes da luta entre a ordem e a desordem, a barbárie e a civilização, o arcaico e o moderno. Cabe lembrar que essas três camadas de textos não foram vistas separadamente, mas nas suas articulações, composicionais e significativas. Um segundo objetivo do trabalho é o de revelar como esses livros acabaram se imbricando um no outro, podendo os dois primeiros serem vistos como uma espécie de estudos preparatórios para o que seria o seu resultado sinfônico maior, que é o Grande Sertão: Veredas. No primeiro e no segundo capítulos, o trabalho mostra como um livro dependeu do outro para chegar ao que chegou, seja no plano das personagens - Riobaldo como o resultado da junção de Lalino eLélio -, seja no dos motivos e temas - por exemplo, os paradigmas amorosos desenvolvidos no Grande Sertão, já estão incubados em Sagarana e têm os seus primeiros ensaios em Corpo de Baile. Como orientação metodológica, é preciso acrescentar, que só foi ) possível chegar a esses resultados, na medida em que se deu atenção às relações dessas estórias com o período histórico em que elas se passam na sua maioria, o da Primeira República, e se considerou o momento em que foram escritas, durante os anos de 37 a 54 (neste ano o autor já anuncia Corpo de Baile e Veredas Mortas, nome original do Grande Sertão), período conhecido como o do getulismo ou varguismo, quer dizer, momento também de grandes instabilidades e indefinições da nossa vida político-institucional.
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13/29
A mudança de registro como desvio estilistico na tradução para a lingua alemã de 'Sagarana' de Guimarães Rosa
Ingeborg Scheible
Dissertação de Mestrado
Universidade Federal de Minas Gerais
1998
Faculdade de Letras
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14/29
Uma abordagem intertextual em 'Sagarana': a paráfrase
Marden da Silva
Dissertação de Mestrado
Universidade Federal de Uberlândia
1999
Curso de Mestrado em Linguistica
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15/29
A palavra alquímica e a alquimia da palavra: uma leitura do esoterismo literário em Guimarães Rosa e Osman Lins
Tomaz José de Souza Junior
Dissertação de Mestrado
Universidade Federal do Rio de Janeiro
1994
Faculdade de Letras, Departamento de Letras Vernáculas
Este trabalho desenvolve algumas reflexões básicas sobre o esoterismo na Literatura Brasileira, partindo do estudo de dois autores: João Guimarães Rosa e Osman Lins; e de duas obras escolhidas: Sagarana e Nove, Novena. A análise observa os elementos esotéricos encontrados nos textos, através de referências diretas ou simuladas. A estratégia centra-se na possibilidade de aproximação do fazer literário de Osman Lins ao de Guimarães Rosa, no que se refere à manipulação da palavra e à técnica de construção da narrativa.
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16/29
O discurso lúdico de Guimaraes Rosa em 'Sagarana'
Edson Santos de Oliveira
Dissertação de Mestrado
Universidade Federal de Minas Gerais
1981
Faculdade de Letras
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17/29
A travessia crítica de Sagarana
André Luís de Campos
Dissertação de Mestrado
Universidade Estadual de Campinas
2001
Este trabalho compõe-se de uma Bibliografia Geral da Obra de Guimarães Rosa, contendo aproximadamente 2.000 títulos e da Bibliografia Comentada de Sagarana, composta de resumos de 187 trabalhos entre dissertações e teses, produzidos a partir da década de 70 e textos críticos, estes elaborados desde o momento de publicação do livro de Rosa. Tais resumos objetivam orientar o leitor interessado na produção crítica que a comunidade interpretativa mais especializada, a crítica literária, vem elaborando a respeito do livro, fornecendo aos pesquisadores e leitores em geral parâmetros que podem auxiliar a compreensão das relações entre cultura e sociedade, na medida em que compõe o caminho crítico por ele percorrido desde 1946. É abrangendo, pois, parte deste material aqui descrito, inserido no período específico de 1946 a 1956, que se apresenta um pequeno estudo que analisa os parâmetros da recepção crítica do primeiro livro de Rosa, Sagarana, no sentido de promover a emancipação desta obra dos códigos cristalizadores da tradição. Emancipar o livro do conjunto de valores cristalizados pela historiografia literária no momento em que foi publicado pressupõe discutir as relações entre crítica literária e sociedade pela análise do horizonte de expectativas que efetivou a recepção do livro em 1946.Nele, o embate entre as duas tendências discursivas, o regionalismo e o universalismo, que compuseram os discursos de hegemonia da crítica, ficou marcado por relações que extrapolaram o âmbito de uma discussão literária e adentraram a complexa rede de discursos subjacentes àqueles hegemônicos. Tais discursos estabelecem,assim,comopano de fundo,as relações como momento tenso de modernização industrial na sociedade brasileirada décadade 40. Nesta trilha, o movimento de ruptura com a tradição e o surgimento de uma nova, paralelos à validade cultural da obra, fazem a travessia crítica do livro, neste período, tomando possível reconhecer críticos que ocuparam um lugar alternativo, que, por força desta mesma tradição, não puderam ter reconhecidas, de imediato, suas vozes sensíveis e, de certa forma, mais próximas do livro de Rosa e da cultura sertaneja brasileira, nele, representada.
Palavras-chave do autor:
Critica - Brasil
|
historiografia
|
Regionalismo na literatura
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A visão do narrador rosiano em contos de Sagarana
Gilca Machado Seidinger
Dissertação de Mestrado
Universidade Estadual Paulista - Araraquara
1999
Faculdade de Ciências e Letras de Araraquara
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19/29
A elaboração estilística de Sagarana
Ivana Versiani
Tese para Concurso
Universidade Federal de Minas Gerais
1986
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Formação e realismo: forma e história em Sagarana
Felipe Bier Nogueira
Tese de Doutorado
Universidade de São Paulo
2016
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Teoria Literária e Literatura Comparada
Esta tese tem como objeto a formação histórica da obra de João Guimarães Rosa. Com foco nas narrativas de seu livro de estreia, Sagarana, de 1946, o texto trabalha com a seguinte hipótese: no livro, para além da experimentação de técnicas literárias que marcam a obra de Rosa como um todo, há nele a preocupação com um objeto histórico que é o sertão. A tese passa pela caracterização deste objeto, formado, a nosso ver, a partir das tensões políticas da Primeira República. O acompanhamento do objeto em Rosa também pressupõe uma inserção do autor na tradição da literatura brasileira pós-1930, em que a autonomia do objeto-sertão passa ao proscênio da representação. Chega-se assim à segunda hipótese do texto: esta autonomia e a importância do sertão para a literatura de 1930 a 1964 ligam-se às próprias dinâmicas que impulsionaram o país à industrialização. As novas necessidades emergidas do capitalismo industrial em gestação põem em primeiro plano o destino das populações pobres no sertão, das quais dependem sem reservas. A terceira hipótese trabalhada na tese é, portanto, a de que o tratamento sério do objeto-sertão em Rosa oferece um desafio às teorias formativas: tanto a forma rosiana como as teorias sociais que se preocuparam com a formação do país teriam se alimentado do mesmo empuxo integrativo sob a indústria; mas o objeto-sertão funcionaria como outro à utopia que atribuiu a essas dinâmicas a capacidade de construir uma cidadania efetiva no país. A tese demonstra como a atenção de Rosa a este objeto muito específico as revoluções da matéria social do sertão tem como consequência, em sua apreensão formal, o atravessamento da utopia formativa, revelando o ponto de impossibilidade de uma construção burguesa.
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