JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Bibliografia sobre João Guimarães Rosa
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Lá, nas campinas
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Tutaméia: labirinto de imagens e símbolos
Paula Aparecida Volante
Tese de Doutorado
Universidade Estadual Paulista - Araraquara
2014
Faculdade de Ciências e Letras
Nesta tese analisamos Tutaméia de Guimarães Rosa, por meio de alguns contos, aos quais demos tratamento de texto poético: Curtamão, Azo de almirante, Ripuária, Quadrinho de estória e Lá, nas campinas... . Tutaméia é formado por quatro prefácios e quarenta contos caracterizados pelo sintetismo e complexidade temática, nos quais a poesia se faz presente. Tal elaboração temática mostra-se em enredos aparentemente simples, os quais retratam cenas cotidianas, vividas por homens comuns, capazes de ver o mundo sob outra perspectiva, cuja aparente ignorância oculta profunda sabedoria. A linguagem é a base que sustenta esse universo. Guimarães faz renascer termos, cria vocábulos, universaliza regionalismos. A palavra é devolvida ao estado de pureza original e enriquecida por uma imensa energia criadora, capaz de renovar o mundo e cicatrizar o sofrimento, incorporando a poesia no cotidiano. Essa mesma linguagem tece uma rede de imagens e símbolos que representam, simultaneamente, o individual e o coletivo, além de ampliar o sentido. Desse trabalho nasce Tutaméia, trama perfeita, na qual os contos estabelecem ligações entre si, ecoando uns sobre os outros, sem perder, entretanto, a individualidade. Diante de uma obra cuidadosamente arquitetada, o principal objetivo deste trabalho é entender como o símbolo, a imagem e outros elementos compõem o tecido desse livro, a função e o papel que desempenham, como se relacionam com os personagens e estabelecem elos entre os contos. Tal reflexão será embasada por obras que teorizam sobre poesia, material usado na construção dos contos.
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Fronteiras, margens, veredas e outros espaços: a representação do espaço em contos de Joao Guimarães Rosa
Daysa Rêgo de Lima
Dissertação de Mestrado
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
2016
Na contemporaneidade, o estudo do espaço tem despertado o interesse de pesquisadores de diferentes campos do saber. Nesse cenário, constata-se uma diversidade conceitual oriunda de variados campos epistemológicos. Na literatura, o espaço é utilizado para situar e caracterizar os personagens, para antecipar a história narrada, para propiciar a ação, dentre outras funções, conforme Borges Filho (2007), por isso é uma categoria promissora para o estudo da obra literária. Todavia, verifica-se ainda uma carência de pesquisas sobre tal aspecto, sendo o trabalho de Osman Lins (1976), Lima Barreto e o espaço romanesco, uma das melhores incursões brasileiras no estudo do espaço ficcional. Na ficção de João Guimarães Rosa, o espaço é um procedimento temático e formal que suscita valiosos questionamentos para a compreensão de sua poética. Em sua vasta fortuna crítica ainda se verifica uma certa preferência pela representação do sertão físico e/ou mítico. No entanto, instâncias simbólicas e metafóricas da natureza de outros lugares, dos não lugares e dos entrelugares, emblemáticos espaços no discurso romanesco rosiano, ainda não tiveram o reconhecimento merecido pela crítica especializada. Nessa perspectiva, objetivamos, nesta pesquisa, analisar contos integrantes das obras Primeiras estórias (1962) e Tutaméia: terceiras estórias (1967), do referido escritor, dando destaque à análise do espaço e seus termos correlatos. Trata-se de uma leitura crítico-comparativa de quatro contos, sendo “A terceira margem do rio” e “Nenhum, Nenhuma”, de Primeiras estórias e “Lá, nas campinas” e “Faraó e a água do rio”, de Tutaméia: terceiras estórias. Para tal direcionamento, consideramos fundamentais os conceitos sobre o espaço de Brandão (2013), Lins (1976), Bachelard (2008), Foucault (2001), Bakhtin (1998), dentre outros teóricos. Também são oportunas as perspectivas de Augé (2012) sobre as noções de não-lugares, e as contribuições de Fantini (2003) sobre a dimensão de fronteiras na ficção rosiana, bem como outras referências norteadoras da Teoria da Literatura sobre questões relativas à narrativa de ficção. A partir do enfoque comparativo, verificamos o espaço como categoria significativa para a compreensão da ficção de Guimarães Rosa, sobretudo as metáforas ligadas à noção de margens, fronteiras, entrelugar, entre outros.
Palavras-chave do autor:
conto
|
Espaço
|
João Guimarães Rosa
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A meta física da escritura de João Guimarães Rosa
Murilo Duarte Casacio
Dissertação de Mestrado
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
2010
Programa de Estudos Pós-Graduados em Literatura e Crítica Literária
Este estudo tem como objetivo investigar a literatura de João Guimarães Rosa com o propósito de entrever um desígnio na escritura rosiana. Tal intenção foi delimitada pela constatação de que, na fortuna crítica sobre o escritor, poucos estudos se interessaram em indagar sua obra sob o conceito de escritura. Nesse sentido, esta pesquisa visa a revelar a escritura rosiana à luz da concepção mitopolítica de literatura. Para isso, indagamos a composição de sua escritura nas relações que estabelece com a linguagem, o mito e a poesia. Preocupamo-nos em examinar a escritura rosiana segundo uma visão m tica, buscando revelar não só a sua concepção de linguagem, mas também explicitar o seu modo de funcionamento. Orientaram a nossa reflexão as hipóteses: uma abordagem mitopolítica da literatura rosiana permite entrever as realizações metamórficas de sua palavra; a concretude da palavra rosiana permite compreender uma destinação meta física para sua escritura. Para desenvolver este estudo, selecionamos como corpus os contos Sorôco, sua mãe, sua filha (1962), Meu tio o Iauaretê (1961), e Lá, nas campinas (1967). A fundamentação teórica baseou-se nos conceitos de escritura propostos por Roland Barthes e Jacques Derrida, e de mitologia propostos por Mielietinski, Eliade e Cassirer, assim como em ensaios cr ticos propostos por críticos da literatura rosiana. Valemo-nos também dos princ ípios políticos do próprio escritor, coletados em entrevistas. Conclu ímos que a literatura de João Guimarães Rosa evidencia alto grau de realização de linguagem, que a revela como uma espécie de metafísica racionalista, como uma escritura que, ao talhar a palavra, configura as metamorfoses do signo literário, e, ainda, propõe ao homem, via linguagem e, por extensão, via poesia, uma transcendência racionalista, pautada pela metafisicalidade da linguagem.
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Metalinguagens e plurissignificação em Guimarães Rosa: uma leitura de Tutaméia
Narjara Mendes Silva
Dissertação de Mestrado
Universidade Federal do Maranhão
2017
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CULTURA E SOCIEDADE/CCH
A presente pesquisa se investe da responsabilidade em analisar, a partir de grupos temáticos, alguns contos de Tutaméia (1967), último livro publicado por João Guimarães Rosa no qual encontramos um trabalho magistral de ficcionalização da linguagem em que cada palavra e ato das personagens carregam um sentido excedente, plurissignificam. Embora, algumas obras do autor, a exemplo de Grande sertão: veredas, possuam uma fortuna crítica considerável, o mesmo não se pode dizer de Tutaméia que continua a exigir leitura e reflexão. Diante dessas premissas, selecionamos os seguintes contos: Os três homens e o boi, Lá, nas campinas, João Porém, o criador de perus, Desenredo, (primeira parte), Azo de almirante e Curtamão, (segunda parte). Apropriamo-nos, para este trabalho, de algumas teorias, a saber: da Semiótica, enquanto importante instrumental observador da linguagem e a fenomenologia existencialista, pelo enfoque à percepção e à experiência na compreensão dos fenômenos da existência humana. Considerando o texto literário como um fenômeno sígnico, utiliza-se os pressupostos dessas teorias que buscam, respectivamente, interpretar o processo de produção dos signos e as funções da linguagem humana para além de suas relações com o pensamento. Ademais, busca-se as contribuições de autores como Haroldo de Campos, Vera Novis, Paulo Rónai, Antonio Cândido, Maria Célia Leonel, Benedito Nunes que já enveredaram no universo das narrativas de Guimarães Rosa, dentre outros. Portanto, o espaço ficcional dos contos rosianos permite-nos pensar a força criadora da linguagem em que os dramas humanos são representados artisticamente através dos dramas de suas personagens num movimento onde o imaginário e o universal se confundem.
Palavras-chave do autor:
fenomenologia
|
Guimarães Rosa
|
metalinguagem
|
Narrativa
|
Signo
Palavras-chave atribuídas pela pesquisa:
Linguagem e Estilo
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