JOÃO GUIMARÃES ROSA
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Narradores autodiegéticos presentes em Tutaméia - Terceiras Estórias, de João Guimarães Rosa
Alexandre Vilas Boas da Silva
Dissertação de Mestrado
Universidade Estadual de Londrina
2006
Mestrado em Letras
O presente trabalho tem por objetivo geral efetuar leitura analítica de sete contos de João Guimarães Rosa, presentes em sua última obra publicada em vida: Tutaméia -- terceiras estórias. Dentre as quarenta "estórias" do livro, elegeram-se as seguintes: "Antiperipléia", "Curtamão", "Êsses Lopes", "Rebimba, o bom", "Se eu seria personagem", "Tapiiraiauara" e "- Uai, eu", que possuem em comum, além da estrutura concisa, a presença de narradores autodiegéticos. Esta categoria, criada por Gérard Genette, diz respeito ao tipo de narrador que participou da história que conta, como protagonista. Para dar conta do artefato teórico foi escolhido como principal obra de apoio O discurso da narrativa, de autoria de Genette. O trabalho visa contribuir com os estudos acerca da obra contística de Guimarães Rosa, com destaque para a figura do narrador.
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"Entre o inefável e o infando": ambivalência e psicanálise em contos de Guimarães Rosa
Renata Queiroz Santana Carneiro
Tese de Doutorado
Universidade de Brasília
2017
Instituto de Psicologia, Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica e Cultura
O presente trabalho tem como objetivo demonstrar a universalidade do tema da ambivalência ao analisar sob a ótica da psicanálise personagens de alguns contos de Guimarães Rosa. Dois livros da obra de Guimarães Rosa foram analisados: Primeiras Estórias e Tutaméia. Destes, quatro contos foram selecionados para interpretação: Desenredo, Se Eu Seria Personagem, Os Cismos e A Terceira Margem do Rio. Buscou-se apontar o conceito de ambivalência da psicanálise, como sintoma e como fator constituinte do psiquismo. Foi proposta uma reflexão acerca da relação entre psicanálise e literatura. Apontamos temas fundamentais da técnica e da teoria psicanalítica, como luto, transitoriedade e fantasia. Compreendemos como a ambivalência se apresenta nos personagens dos contos selecionados. A metodologia aplicada foi o uso do método psicanalítico para a interpretação de textos, no qual o psicanalista se coloca em uma leitura flutuante, atento às perturbações que a escrita provoca no leitor. Estudos e teorizações da psicanálise freudiana, kleiniana e winnicottiana, e de psicanalistas contemporâneos trouxeram aportes para o estudo da ambivalência e de outras temáticas importantes na análise dos contos. Conclui-se que os personagens dos contos de Guimarães Rosa conseguem retratar esta dinâmica interna do sujeito: ambivalência e constituição psíquica, o que possibilita a universalização da temática e a abertura de novas discussões, por se tratar de uma questão essencial da constituição do sujeito. A compreensão desse sujeito no mundo possibilita novas formas de ajuda a esse sujeito, que é o que fundamentalmente a psicanálise busca: entendimento, possibilidades de elaboração, modificação dos sofrimentos e sintomas.
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Tutameia, o acaso como lugar da escrita rosiana: o ressoar silencioso da monstruosa voz
Cristiane Melo Nobre
Dissertação de Mestrado
Universidade Federal do Ceará
2015
Programa de Pós-graduação em Letras
Esta dissertação tem como objetivo analisar a obra Tutameia (Terceiras Estórias), de João Guimarães Rosa, a partir das questões da linguagem que giram em torno da escritura literária, relação na qual será pensado o tripé que geralmente ronda a literatura: obra, mundo e autor. O estudo acha-se delineado a partir de três segmentos, o primeiro compreende uma abordagem do espaço literário na concepção de autores como Agamben, Battaile, Blanchot, Heidegger, entre outros; o segundo debruça-se nos quatro prefácios de Tutameia,visualizados como pontes do silêncio que levam em direção ao rio: o pensar se dissolvendo em estórias, peripécias de um fragmento; o terceiro é um convite ao mergulho na escrita rosiana. Para tanto, foram selecionados os seguintes contos: Antiperipleia e Se eu seria personagem. A proposta do estudo, em linhas gerais, é um pensar sobre a literatura, a in-útil no mundo, o fantasma de morte que, impossibilitado de morrer, vem ao homem por ruídos, o eterno jogo de apreensão de um vazio que escapa entre os dedos: condição para o poeta.
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Duplos em 'Tutaméia: terceiras histórias'
Adilson dos Santos
Tese de Doutorado
Universidade Estadual de Londrina
2009
Centro de Letras e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Letras.
Tutaméia (Terceiras Estórias), de João Guimarães Rosa, é uma obra que desestrutura o leitor. Os elementos que a tornam labiríntica são múltiplos: dois índices, dois títulos, ordenação alfabética dos contos, anagramas, epígrafes, glossário, quatro prefácios, ilustrações de capa e ilustrações ao final de cada estória. A tese que se propõe defender nesta pesquisa dá conta de decifrar parte de um de seus enigmas. Curiosamente, o livro possui quatro prefácios distribuídos de entremeio aos contos. A nosso ver, desempenhando função específica planejada pelo ficcionista, tais textos estariam a serviço de “prefaciar” os correspondentes contos que antecipam. Através da análise dos onze contos que seguem o terceiro prefácio, “Nós, os temulentos”, o presente estudo objetiva evidenciar esta intenção do escritor. Em “Nós, os temulentos”, Guimarães Rosa explora, pela via do humor, a visão “diplópica” de “Chico, o herói”, propiciada pela embriaguez. Por meio da imagem deste temulento e de seus dualismos, o autor parece oferecer a chave temática do grupo de estórias que segue o referido prefácio. Acreditamos que a grande constante ou a coluna dorsal de tais contos é o tema do duplo. O primeiro passo a ser dado para provar esta tese inicia já na introdução do trabalho. Nesta parte, são detalhados os pormenores da peculiar estrutura de Tutaméia (Terceiras Estórias) e tecidas algumas considerações acerca dos quatro prefácios que a compõem. Em seguida, conforme antecipa o título do primeiro capítulo, é realizado “um périplo pelo território do duplo”, assunto de abrangência bastante considerável. Por último, são realizadas as análises dos contos “O outro ou o outro”, “Orientação”, “Os três homens e o boi dos três homens que inventaram um boi”, “Palhaço da boca verde”, “Presepe”, “Quadrinho de estória”, “Rebimba, o bom”, “Retrato de cavalo”, “Ripuária”, “Se eu seria personagem” e “Sinhá secada”.
Palavras-chave do autor:
contos
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Duplo
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João Guimarães Rosa
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O narratário em alguns contos de 'Tutaméia (terceiras estórias)' de João Guimarães Rosa
Valda Suely da Silva
Tese de Doutorado
Universidade Estadual de Londrina
2009
Centro de Letras e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Letras
Nosso trabalho trata da análise de alguns contos da obra Tutaméia (Terceiras Estórias) de João Guimarães Rosa, com vistas à figura do narratário. Para tanto, procuramos mostrar a importância desta categoria da narrativa que pouca atenção recebeu até hoje por parte da crítica literária e que, fazendo-se presente de forma, às vezes mais, às vezes menos, explícita, no texto, interfere significativamente na construção do discurso do narrador. A relação de comunicação entre narrador e narratário situa-se no nível do enunciado do texto. Assim, buscamos também reconstruir uma outra relação de comunicação que se situa no nível da enunciação, que é a de enunciador e enunciatário, mostrando sempre o papel ativo que se reserva a este último, o qual se constitui num co-autor do texto. Nossa pesquisa discute ainda como, na obra em questão, o diálogo entre narrador e narratário pode conduzir o leitor ao nível da enunciação, onde é possível entrever questões relativas ao próprio ato de narrar, bem como sobre o processo de criação da ficção narrativa e, em alguns contos, da criação artística de modo mais geral. São seis os contos selecionados para análise, tendo como critério de escolha a presença do narratário mencionada no discurso do narrador: “Antiperipléia”, “- Uai, eu?”, “Curtamão”, “Desenredo”, “Se eu seria personagem” e “Reminisção”. Para o desenvolvimento deste trabalho, o referencial teórico principal é a terminologia de Gerard Genette sobre a narrativa, de Gerald Prince sobre o narratário e o conceito de dialogismo de Mikhail Bakhtin, sendo que este último nos auxilia na análise da relação de comunicação entre enunciador e enunciatário.
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