Vôlei de quadra – Entrevista com Felipe Augusto Kurachina
O vôlei, também chamado de volley ou voleibol, é um esporte de origem norte-americana do século XIX. É um esporte de popularidade significativa em grande parte do mundo, e está presente em muitos torneios e eventos esportivos de âmbito internacionais, tais como os Jogos Olímpicos e os Jogos Panamericanos. Pode ser praticado tanto em quadras abertas quanto em quadras fechadas, bem como é praticado quase que igualmente tanto por homens quanto mulheres. A quadra de vôlei é atravessada por uma rede, que a divide em dois campos. Cada campo só pode ser ocupado pela sua respectiva equipe. O objeto usado para a prática de vôlei é uma bola e o objetivo principal do jogo consiste na marcação de pontos ao mandar a bola para o campo adversário e fazer com que ela toque o chão. A instituição responsável pela organização de eventos e da regulação das regras é a FIVB, Fédération Internationale de Volleyball.
O voleibol é um esporte praticado numa quadra dividida em duas partes por uma rede, possuindo duas equipes de seis jogadores em cada lado. O objetivo da modalidade é fazer passar a bola sobre a rede de modo a que a bola toque no chão dentro da quadra adversária, ao mesmo tempo que se evita que os adversários consigam fazer o mesmo. O voleibol é regulado pela FIVB. O vôlei foi criado em 9 de fevereiro de 1895 por William George Morgar nos EUA. O objetivo de Morgan, que trabalhava na Associação Cristã de Moços (ACM), era criar um esporte de equipes sem contato físico entre os adversários, de modo a minimizar os riscos de lesões. Inicialmente jogava-se com uma câmara de ar da bola de basquetebol e foi chamado Mintonette, mas rapidamente ganhou popularidade com o nome de volleyball. Em 1949 foi realizado o primeiro Campeonato Mundial de Voleibol. Só houve o evento masculino. Em 1952, o evento foi estendido também ao voleibol feminino. No ano de 1964, o voleibol passou a fazer parte do programa dos Jogos Olímpicos , tendo-se mantido até a atualidade. A partir dos Jogos Olímpicos de 1988, uma nova regra impediu a interrupção do jogo para que se pudesse secar a quadra. Os times passaram a entrar com toalhinhas presas na parte de trás do calção, usadas sempre que o suor molha o piso (esta regra não está mais em vigor). Karch Kiraly (EUA) é considerado o maior jogador de vôlei de sempre, tendo conseguido medalhas de ouro no vôlei nos Jogos Olímpicos de 1984 e 1988 e depois repetido o feito no vôlei de praia, nos jogos de 1996, tendo sido o único jogador a conseguir a proeza.
Antes do estouro do voleibol no Brasil, durante os anos 1980, a Seleção Brasileira se resumia a um único grande jogador. A dinastia de Antônio Carlos Moreno durou 21 anos e 366 jogos. Uma trajetória exemplar, iniciada aos dezessete anos, em que ele disputou sete campeonatos sul-americanos e quatro jogos Pan Americanos. Participou também de quatro mundiais e cinco Olimpiadas.
Nos esportes coletivos, a primeira medalha de ouro olímpica conquistada por um país lusófono foi obtida pela equipe masculina de vôlei do Brasil nos Jogos Olímpicos de 1992. A proeza se repetiu nos Jogos Olímpicos de Verão de 2004 e nos Jogos Olímpicos de Verão de 2008 foi a vez da seleção brasileira feminina ganhar a sua primeira medalha de ouro em Olimpíadas.
A Seleção Masculina de Voleibol do Brasil possui os dois recordes mundiais de público na história do voleibol: em 26 de julho de 1983, no Estádio do Maracanã , no Rio de Janeiro, 95 887 pessoas viram O Grande Desfio de Vôlei – Brasil x URSS, uma partida amistosa na qual o Brasil derrotou a então campeã olímpica e mundial, União Soviética, por 3-1, num recorde absoluto da história do esporte. No dia 6 de Julho de 1995 no Ginásio Mineirinho , em Belo Horizonte, foi batido o recorde de público numa partida indoor: 25 326 torcedores superlotaram o ginásio para ver a Itália bater o Brasil por 3-2, na fase decisiva de classificação para as finais da Liga Mundial daquele ano.
Buscando adentar numa compreensão mais abrangente sobre o vôlei e ao mesmo tempo mais próxima da modalidade entrevistou-se o Felipe Auguto Kurachina Afonso,praticante da Atlética na Química da USP .
BJE – Como nasceu sua vontade de praticar esse esporte?
Felipe Auguto Kurachina Afonso: Não sei precisar com certeza, mas creio que no ensino fundamental quando tivemos aulas de vôlei, em alguns dos semestres. Porém não havia treinamento de vôlei na escola, então só acompanhava os jogos na televisão.
BJE – Desde quando você se dedica a esse esporte?
Felipe Auguto Kurachina Afonso: Quando entrei na faculdade em 2007 comecei a treinar efetivamente, e durante a graduação inteira continuei praticando, cerca de 5 anos, em 2017 voltei a treinar e continuo desde então.
BJE – Conte um pouco sobre sua rotina de treinos, experiências e conquistas.
Felipe Auguto Kurachina Afonso: Durante a graduação treinava duas vezes por semana com uma carga horaria de 4 horas semanais. No ano de 2007 o time de vôlei teve muita sorte pois entraram cerca de 7 jogadores novos, e quase todos ficaram por um bom tempo com o time, assim um bom trabalho pode ser desenvolvido elevando o nível do time a ponto de conseguirmos chegara ganhar nos jogos da cidade da região do Butantã, chegamos às semifinais da copa USP da primeira divisão, muitos títulos nos TIQs (torneio inter químicas) e alguns vice-campeonatos no BIFE (campeonato inter faculdades). No atual momento estamos para disputar a final da liga USP, mesmo não estando na melhor fase do time.
No geral foi muito bom o tempo que passei, além de aprender melhor o jogo de vôlei, fiz muitas amizades com pessoas que nunca iria encontrar se não fosse os treinamentos. Por outro lado tive algumas experiências ruins com alguns treinadores e colegas de treino. No caso dos treinadores algumas decepções, muito por falta de preparo deles, já que eram alunos da EEFE (escola de educação física e esporte) e com pouca experiência de treinador, sintia que não treinávamos direito, não conseguia ver uma evolução do time como um todo. Alguns colegas de treino podem ser extremamente irritantes no que diz respeito a ‘saber jogar’, é certo que alguns possuem capacidades físicas além da média, mas se apoiar nisso para justificar faltas em jogos e treinos, além de debochar dos ‘bixos’ querendo aprender o esporte.
BJE – Porque você acha que o esporte é importante na vida das pessoas?
Felipe Auguto Kurachina Afonso: Atividade física. Principalmente para evitar o sedentarismo, não precisa ser especificamente vôlei, mas qualquer atividade que movimente o corpo. Além da parte física o esporte trabalha o mental, e por vezes o espiritual.
BJE – Quais dicas você daria para quem deseja praticar?
Felipe Auguto Kurachina Afonso: Empenho, paciência e diversão. A princípio o vôlei não é um esporte complicado, porém é repleto de mecânicas específicas em seus fundamentos que podem ser desafiadoras até para quem já treina. Um iniciante deve ter muita paciência e empenho para superar essas dificuldades, mas sempre se divertindo, e isso é fundamental, sem a alegria de estar jogando vôlei o desenvolvimento dos atletas fica bem aquém do que poderia ser, um exemplo é quando se está chateado com algo relacionado ao treino, o foco e sua vontade de treinar diminuem drasticamente.