EC Pinheiros: O paraíso dos atletas

Henrique Votto

A visão inicial é de um clube gigantesco, super equipado. O Esporte Clube Pinheiros se assemelha a um paraíso esportivo. Um verdadeiro oásis, no meio do cinza de São Paulo, para aqueles que dele podem desfrutar, sejam eles os proto-atletas mirins descobertos pelos olheiros da agremiação, os esportistas já esculpidos e consolidados, ou o restrito grupo econômico capaz de arcar com os custos de um lazer invejável. Para uma cidade onde os espaços públicos voltados para o esporte são escassos e precários, o Pinheiros parece um passo adiante da realidade. De fato, um impressionante sonho para os amantes das pelotas, dos tatames, das raquetes, das traves, dos pesos, dos sabres, das pistas, das águas e dos aros.

A história do Pinheiros vai muito além das quadras, e é isso, principalmente, que compõe a beleza única do clube. Além da história de vida de cada um daqueles que treinam diariamente e desenvolvem-se rumo a conquistas inimagináveis, o Pinheiros traz uma “aura” única por ser um elemento fundamental da cidade, de toda uma região. O clube centraliza, de certa forma, uma transformação geográfica de todo um bairro ao redor. Daquele Esporte Clube Germânia que nasceu em 1899, com extensões ligadas à margem do rio Pinheiros, à materialização do super equipado EC Pinheiros, houve um enorme processo: a Segunda Guerra Mundial, que tirou o nome original do clube, a alteração de curso do rio e o desenvolvimento de uma área que, outrora, se resumia a lotes de terra.

Tudo isso remonta a uma dinâmica social da região e de seu desenvolvimento ao longo do percurso histórico. Isso, para além do peso das instalações e da alta qualidade do clube, é extremamente marcante na visita ao Pinheiros. É uma história que o clube faz questão de contar e preservar em seu nobre museu, que leva o nome de seu fundador, Hans Nobiling. E visitá-lo é uma experiência imperdível e bastante proveitosa.

Email para contato: henrique.votto@usp.br