O que é Jornalismo Esportivo – João Jair Sartorelo
Este especial é fruto da Tese “RIO 2016: O JORNALISMO ESPORTIVO E O COMITÊ OLÍMPICO DO BRASIL”, de Carlos Augusto Tavares Júnior, defendida na ECA-USP, em 2019. Material recuperado em virtude da realização dos Jogos Olímpicos de Paris, na França, de 18 de julho a 11 de agosto de 2024.
ENTREVISTA: Prof. João Jair Sartorelo, professor titular da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Realizada em 05 de novembro de 2015, nas dependências do estádio Pedro Pedrossian (Morenão), campus Campo Grande.
- O que é jornalismo esportivo?
O jornalismo esportivo, hoje, é o que atrai toda a mídia nacional, em razão da Copa do Mundo no ano passado (2014) e da olimpíada que será no ano que vem (2016), e é uma matéria de interesse nacional: ela envolve todos os setores da sociedade brasileira – desde o mais pobre ao mais rico, o mais influente ao menos influente. O desafio da mídia para cobrir um evento olímpico deve ter um caráter idôneo, não pode ser levado por emoções e deve ter um senso crítico: ele não pode simplesmente criticar por criticar, ele deve apresentar os motivos das críticas e também dos elogios. No momento, há uma confusão: existem pessoas que fazem uma análise diferenciada entre esporte, desporto e atividade física… o importante é o ser humano se movimentar, praticar qualquer tipo de atividade. (As instalações do) Morenão é um estádio antigo, que foi construído na década de (19)70, quando não existiam as exigências de acessibilidade, nem as exigências do corpo de bombeiros… então, hoje, ele é um estádio ultrapassado e que, para se adequar e realizar grandes eventos esportivos, é necessário oferecer as condições de segurança, de acessibilidade, de conforto ao público e aos jogadores, coisas que ele não possui. A nível local, o estádio é de excelentes condições, para o nível do futebol no Estado (de Mato Grosso do Sul), mas para abrigar Jogos de nível nacional, ele hoje não tem as totais condições para proporcionar um bom espetáculo para os jogadores e para o público. Em Campo Grande, não existe um planejamento para daqui há alguns anos. O que existem são pessoas que tem interesse em fazer alguma coisa planejada mas obtém não tem apoio de nada. É o atleta autodidata, ou pai do atleta ou é algum benfeitor que aparece para auxiliar essas pessoas, mas que não tem condições de levar um projeto grande para frente.
FONTE:
TAVARES JÚNIOR, Carlos Augusto. Rio 2016: o Jornalismo Esportivo e o Comitê Olímpico do Brasil. Tese de Doutorado. Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, 2019.
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27153/tde-24052019-100614/pt-br.php