Brasiliense fanático por futebol conta sua história e expectativas para a Copa do Mundo do Qatar
Por Edwaldo Costa
Giscard Stephanou, 47 anos, servidor público federal, natural de Porto Alegre e morador de Brasília, desde 2006, conta que se considera um dos maiores fãs da Seleção brasileira, uma vez que já foi em vários campeonatos como: Copa do Mundo, Copa das Confederações, Copa América, Eliminatórias, Olimpíadas e até Mundial Sub-17. Giscard disse que está ansioso para vibrar nos estádios de Qatar!
História
Nascido em 21 de junho de 1974, dia em que se comemorava quatro anos do Tricampeonato Mundial de Futebol, Giscard conta que todos os seus aniversários a comemoração é dupla, pela conquista do Brasil e pelo seu nascimento. Ele afirma que desde pequeno é fanático por futebol (coincidência com a data?) e acompanhava os jogos com a família.
“Minha paixão pela Copa do Mundo começou quando eu era muito pequeno. Lembro até hoje de assistir aos jogos da Copa de 1982 em casa, numa TV pequena, com a minha família. Eu tinha 7 para 8 anos e já era fanático pela Seleção Brasileira. Admirava o futebol de Zico, Sócrates, Junior, Falcão, Cerezo e outros craques”, conta Stephanou.
Gremista de coração, o torcedor explica que melhor que acompanhar pela TV é sentir a emoção de estar presente no estádio e sentir a energia dos torcedores vibrando pela sua Seleção. Para o torcedor, não importa em que local seja o jogo, ele sempre tentará dar um jeito de comparecer. “Não conheço tudo de futebol, mas sei muito sobre a história, os títulos e os principais jogadores da Seleção Brasileira. Estarei apoiando incondicionalmente o Brasil em qualquer campeonato em que ele estiver participando”, afirma Stephanou.
Entre as competições que assistiu destaca a Copa da Rússia em 2018 e a Copa no Brasil em 2014 e, apesar da Seleção não ter levado a melhor nas duas competições, Giscard acompanhou quase todos os jogos. Acompanhou também a Copa das Confederações em 2013 (assistindo jogos do Brasil em Brasília, Salvador e a grande final contra a Espanha no Maracanã, Rio de Janeiro), além da Copa América no Brasil, Mundial Sub-17 em 2019 e teria participado das Olimpíadas em Tóquio, se não tivesse proibido a entrada de estrangeiros por conta da Covid-19.
E como recordar é viver. Ele conta sobre a camiseta autografada pelo time Campeão Mundial Sub-17 de 2019.
“O jogo decisivo e a festa aconteceram em Brasília e tive a oportunidade de estar presente. Fotos e autógrafos com todo o time: Daniel Cabral, Gabriel Veron, Pedro Lucas, Kaio Jorge, Henri, Matheus Araujo, Diego Rosa, etc.”
O apaixonado por futebol também acumula fotos com vários jogadores da Seleção Brasileira, do Grêmio e de outros times do futebol mundial. Entre eles, Gabriel Jesus, Renato, Giovanni, Geromel, Edmilson, Puyol, Coutinho (ex-Santos, que jogou com Pelé), Luan, Filipe Luis, Diego Souza e Thiago Neves.
Esperança na Seleção Brasileira
Acompanhando as eliminatórias, Giscard acredita que o Brasil tem grandes chances de ser hexacampeão no Qatar. Grandes nomes como Alisson, Ederson, Fernandinho, Casemiro, Marquinhos, Vini Jr, Militão, Neymar, entre outros são jogadores que estão em ascensão. Sou pé quente e vi a Seleção Brasileira conquistar os três recentes títulos no Maracanã: Copa das Confederações em 2013, Ouro Olímpico em 2016 e a Copa América em 2019 .
– Estar em uma Copa do Mundo é um dos maiores prazeres da sua vida?
Sem dúvida! É um dos maiores prazeres da minha vida. A Copa do Mundo é um dos maiores eventos esportivos do planeta e o principal evento do Futebol mundial. Quem ama o futebol e quem sabe o que o futebol representa para o mundo dos esportes, não pode deixar de estar em uma Copa do Mundo, ainda mais torcendo para a maior Seleção de todos os tempos: a Seleção Brasileira.
Qatar e a guerra
Quanto ao desafio de ir até um país conservador como Qatar para ver a Copa, Giscard espera que o país seja mais flexível, uma vez que a experiência de passar 30 dias com amigos torcedores apaixonados é única e curtir ao máximo a experiência da Copa do Mundo e confraternizar com os torcedores de todas as seleções é essencial.
Quanto ao desafio financeiro de curtir uma das Copas mais elitizadas, o torcedor ficou espantado com os valores:
“Com relação aos custos, estou muito espantado com os valores de hospedagem. Se ficar como está, será uma Copa muito elitizada, e espantará boa parte dos torcedores raiz, os que realmente gostam, entendem e curtem assistir a um jogo da Seleção Brasileira”, explica Stephanou.
Sobre o desentendimento entre Rússia e Ucrânia, Giscard demonstra preocupação em isso vir a afetar a Copa, uma vez que a Rússia já se encontra fora de jogo e um novo país deve vir ocupar seu lugar.
“Infelizmente, a Copa não aconteceu nos anos de 1942 e 1946 em função da Segunda Guerra Mundial, que durou entre 1939 e 1945, e não queremos que isso se repita, claro. No ano retrasado, a Pandemia adiou as Olimpíadas. E no ano passado, quase acabou cancelando. Nem quero imaginar a hipótese de não termos a Copa por conta de uma Guerra. Espero que a Guerra termine logo e possamos confraternizar muito com todas as nações na Copa do Qatar ”, conclui Giscard Stephanou.
Edwaldo Costa possui pós-doutorado pela ECA-USP e atualmente é jornalista do Centro de Comunicação Social da Marinha do Brasil