Crônicas

DEUS-DINHEIRO-FUTEBOL BET

Colocar a qualidade do futebol apresentado atualmente no Brasil como um colonizado (como em quase tudo que gera riqueza imediata) é deixar um vazio interpretativo, como se essa questão fosse simplesmente uma opção tática copiada dos europeus, ou pior, como se nossos jogadores gostassem de jogar dessa forma.

O bom cronista esportivo sabe que o futebol – arte ou força – precisa de resultados; e se eles não vierem ,a crítica virá.

A questão é financeira, já que o capitalismo transformou o futebol, como quase tudo, nos últimos 50 anos, em espetáculo vendável e rentável.

O que pode fazer a perna do Ganso (ou mesmo o corpo do Djalminha em outros tempos) frente a esse banco de dinheiro?

Fiquem de olho nas Bets agora, a nova modulação do futebol empresa (arte ou força).

Essa seleção Bet, que já convocou o Alef Manga, acaba de desconvocar o Lucas Paquetá para a sua seleção

A seleção “joga por dinheiro” do novo rentismo mundial.

O futebol, infelizmente, acontece hoje na Faria Lima, e não mais na rua Javari

Obs: o São Paulo, do Dorivalismo, procura arte na força ou força na arte?

* José Luiz Fernandes Cerveira é professor de sociologia na Universidade Federal do Paraná