ESPÍRITO ESPORTIVO

Jogos Olímpicos: Brasil relembra a conquista da prata pelo basquete feminino

 

União, talento, experiência, juventude e habilidade: a fórmula da equipe e da comissão técnica para conquistar a medalha de prata olímpica. (Divulgação: CBB)

O dia 4 de agosto de 1996 marcou uma data importante para o basquete brasileiro. Foi quando a nossa seleção feminina perdeu para as norte-americanas, anfitriãs dos Jogos Olímpicos disputados em Atlanta (EUA), e conquistou a medalha de prata na competição.

O vice-campeonato era inédito e assim permanecerá no torneio feminino, pelo menos até o próximo evento olímpico de verão a ser realizado em Los Angeles (EUA), em 2028.

A equipe dirigida pelo técnico Miguel Angelo da Luz chegou invicta à decisão após as vitórias contra as equipes do Canadá, Rússia, Japão, da China, Itália, Cuba e Ucrânia.

O Brasil era o adversário a ser batido, afinal, começou o megaevento como campeão do mundo, título obtido em 1994, na Austrália. As donas da casa se prepararam intensamente, pois estavam com a equipe brasileira engasgada em decorrência da eliminação nas semifinais desse mundial.

A seleção dos Estados Unidos venceu por 111 a 87 e levou o ouro, mas a nossa prata tem até hoje um gosto especial: “Magic” Paula, “Rainha” Hortência, Janeth, Leila, Alessandra, Marta, Adriana Santos, Cintia Tuiú, Claudinha, Branca, Roseli e Silvinha estão eternizadas e ainda inspiraram os amantes do esporte.

A união entre as atletas e a jovem comissão técnica foi o diferencial da nossa seleção.

Diversos profissionais também merecem ser lembrados durante esse período de conquistas do basquete brasileiro, com destaque para o assistente técnico Sérgio Maroneze, o preparador físico Hermes Balbino  e o supervisor Waldir Pagan Peres, que, com sua experiência, ajudou a implantar uma filosofia baseada no equilíbrio e na motivação.

* Marcelo Cardoso é jornalista, professor e escritor.