|
Pinturas
fora da tela
Qual
é o lugar da pintura na arte contemporânea? A
mostra Pintura Reen-carnada, do Paço das
Artes, responde com suportes que não são as
telas. Em vez das pinturas propriamente ditas, renomados artistas
surgem com vídeos,
|
Peso,
de Amélia Toledo |
fotografias, esculturas e instalações. As obras,
se não somente evocam pinturas, mostram a migração
da pintura na tela para diferentes meios e linguagens. Albano
Afonso, Alex Flemming, Aluísio Carvão, Amélia
Toledo, Artur Lescher, Bill Viola, Elida Tessler, Hélio
Oiticica, Lucia Koch, Luis Hermano, Lygia Pape, Marcela Tiboni,
Nelson Leirner e Rachel Rosalen compõem o grupo de
artistas que discutem o tema, inclusive com obras inéditas.
Os trabalhos selecionados pela curadora Angélica de
Moraes são datados desde a segunda metade do século
20 até os dias atuais. Também no Paço
das Artes, expõem dois artistas escolhidos para a Temporada
de Projetos de 2003/2004. André de Faria e Helena
Martins-Costa decidiram pelo mesmo suporte, a fotografia.
O primeiro fez 12 imagens de uma mesma personagem, uma índia
anciã maranhense, e Helena partiu de fotografias familiares
antigas e as ampliou recortando apenas as mãos dos
retratados. Até 11 de julho, de terça a sexta,
das 11h30 às 19h (às quartas, até às
21h), e aos sábados e domingos, das 12h30 às
17h30. O Paço das Artes fica na av. da Universidade,
1, Cidade Universitária, tel. 3814-4832. Entrada franca.
|
Júlio
Plaza no MAC
Cerca
de 50 obras do professor e artista multimídia, falecido em
2003, estão em mostra no Museu de Arte Contemporânea
(MAC) da USP. A exposição Arte como idéia
traz serigrafias, livros de artista, filmes e arte postal desse
espanhol que introduziu o conceitualismo no meio artístico
paulistano quando mudou-se para o Brasil. Sua busca por novos meios,
os questionamentos políticos e a produção com
outros artistas, como Regina Silveira e o poeta Augusto de Campos,
evidenciam a importância do conceito em seu trabalho. Entre
o conjunto de obras, destaque para a produção dos
anos 70, quando no Brasil são significativos os experimentos
em meios alternativos como livros de artista e publicações
coletivas, que, marginais, driblam a censura do período.
A curadoria é da professora do MAC Cristina Freire. A mostra
é inaugurada nesta terça, às 19h, e fica em
cartaz até 13 de junho, de terça a sexta, das 10h
às 19h, e aos sábados, domingos e feriados, das 10h
às 16h. Na quarta, às 14h, há a palestra Júlio
Plaza e o MAC USP dos anos 70 com a curadora. O MAC fica na
r. da Reitoria, 160, Cidade Universitária. Informações
pelo tel. 3091-3039. Entrada franca.
Tesouros sacros
A Armênia
foi o primeiro país a adotar oficialmente o cristianismo
como religião no ano de 301. É de lá, mais
especificamente da cidade de Etchmiadzin, que vêm os objetos
sacros da mostra Tesouros de Etchmiadzin 17 séculos
de Cristianismo na Armênia. Provenientes de quatro museus
ligados à Igreja Apostólica, estão reunidas
74 peças litúrgicas, entre indumentárias eclesiásticas,
adornos de altar, cálices, cruzes, cetros e tapeçarias
dos séculos 9 ao 19. Destaque para a réplica (datada
do século 16) da lança a que se atribui o ferimento
que matou Cristo, levada à Armênia por São Judas
Tadeu. Em cartaz até 20 de junho, de terça a domingo,
das 10h às 18h. Na Pinacoteca do Estado (Praça da
Luz, 2, tel. 229-9844). Os ingressos custam R$ 4,00; aos sábados
a entrada é gratuita.
Arte espanhola
Radicada
no Brasil há 40 anos, a artista espanhola Margarita Farré
faz exposição de sua obra até o fim do mês
no Museu Brasileiro da Escultura (MuBE). No total são 55
esculturas de concreto, mármore, aço e cipó,
entre outros materiais, sobre os quais ela passa tinta vermelha,
amarela ou branca, formando figuras de mulheres e casais. A mostra
pode ser visitada até 30 de maio, de terça a domingo,
das 10h às 19h, com entrada gratuita. O MuBE fica na av.
Europa, 158, Jardim Europa. Mais informações podem
ser obtidas pelo tel. 3081-8611.
|
Casal
(1958) esteve na primeira mostra de Amaral no MAM |
Antonio Henrique Amaral
O
pintor e gravador pauslitano expõe seus trabalhos no
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM). Antonio Henrique
Amaral se interessou pela gravura mais fortemente na década
de 70, quando teve aulas com Livio Abramo e Shiko Munakata,
dois mestres que o influenciaram. A mostra reúne 80
obras em diversas técnicas de gravação
linogravuras, xilos, gravura
em metal e oito matrizes, em preto e branco e coloridas
realizadas entre 1957 e 1971. Os temas vão desde o
enfoque político, com a famosa série Bananas,
até o fantástico e o apelo erótico. Em
cartaz até 25 de julho, de terça a sexta, das
12h às 18h (quinta até 22h), e sábados,
domingos e feriados, das 10h às 18h, no MAM (Parque
do Ibirapuera, portão 3, tel. 5549-9688). Ingressos:
R$ 5,00 e R$ 2,50; grátis às terças (exceto
feriados) e quintas, a partir das 17h.
|
Bené Fonteles
Difusor
da arte xerográfica nos anos 70, o artista Bené Fonteles
mostra 55 obras inéditas que apresentam, na maior parte,
o corpo. Para montar seus trabalhos, ele recorre a materiais recolhidos
nas ruas, como papel, retalhos de tecidos e pedaços de madeira,
criando composições inusitadas. A exposição
Palavras e Obras fica em cartaz até 13 de junho,
com visitação de terça a domingo, das 10h às
18h. Na Estação Pinacoteca (Largo General Osório,
66, Luz, tel. 222-8968). Os ingressos custam R$ 4,00; grátis
aos sábados.
|