ATÉ QUANDO…

Por fim…
Enfim…
Mais uma Olimpíadas teve o seu encerramento.
Mais uma vez lutamos, e muito, para chegarmos ao pódio e, assim, colocarmos a tão cobiçada medalha de ouro no peito.
Não é nada fácil chegar há conquista máxima de uma Olimpíada. É uma trajetória que somente quem está envolvido pode relatar o sacrifício do dia a dia.
Fora os treinamentos exaustivos de cada modalidade, também a falta de apoio parece não ter fim.
Sempre buscando uma estrutura melhor para o atleta, este assunto se arrasta por muitos anos em nosso país.
Podem perceber, chegando as Olimpíadas começa um corre corre que chega ao desespero. Dirigentes buscando patrocínio para atletas momentos antes da competição.
Falta tudo.
Falta apoio.
Falta material específico para os atletas que disputam as modalidades que têm mais aptidão.
Falta acomodação adequada.
Falta transporte aos atletas.
Falta sim.
Não adianta tampar o sol com a peneira.
Não adianta mais apagar incêndio com álcool.
Senhoras e senhores, BASTA!
Temos que nos estruturar mais, muito mais.
As próximas Olimpíadas serão disputadas em Los Angeles (EUA), daqui quatro anos.
Portanto, 2028 está mais perto do que imaginamos.
Temos que torcer muito para que os dirigentes e autoridades olhem com mais atenção os brasileiros que colocaram as medalhas no peito sendo de ouro, prata ou bronze.
Culturalmente temos o rótulo de esquecer tudo rápido, ou seja, temos a memória curta.
Isto é real.
Valorizar quem já teve uma medalha olímpica é primordial.
Em um país no qual o carro chefe é o futebol, nas outras modalidades esportivas, temos, urgentemente, que reciclar alguns itens para assim ter uma performance melhor na tradicional competição.
Citei o futebol masculino que, infelizmente, não conseguiu a classificação para disputar as Olimpíadas em Paris.
Reflexo de uma péssima organização na qual já esquecemos; e tudo acaba em pizza, ou melhor, em um churrasco.
A pressão psicológica também é um fator extremamente delicado aos atletas.
É tanta pressão nos treinamentos e, também, uma satisfação que os atletas dão aos patrocinadores e demais apoiadores. Afinal, esse trabalho acaba em uma crise emocional mais grave do que imaginamos.
O assunto é muito complexo.
Concordam?
Deixar de lado?
Jamais.
Temos que nos unir e assim ter mais ouro em nosso peito.
Esta ideia de que o bronze é ouro.
Pode parar com isto.
Sim, o bronze é uma colocação honrosa, mas nunca será ouro.
Somos um país lindo e de conquistas. Até mesmo está na letra do hino nacional “gigante pela própria natureza”…
Então vamos em frente.
Ouro sim.
Comodismo nunca.
Somos criticados o tempo todo.
A todo instante.
Até quando.

 

* Adriano José Salles é escritor e professor de educação física.