Documentário “Fampop: 40 anos de Música e História” rememora tradicional festival de Avaré

Lenine, Chico César e Jorge Vercillo são alguns dos artistas que concorreram no festival classificado por Zuza Homem de Mello como o mais interessante do interior paulista

“Fampop: 40 anos de Música e História” é o nome do documentário recém-lançado que conta a trajetória do tradicional festival de Avaré, “o mais interessante do interior de São Paulo” na avaliação de ninguém menos que Zuza Homem de Mello.

Lenine, Chico César e Jorge Vercillo são alguns dos artistas que estiveram no palco da Feira Avareense da Música Popular – a Fampop – antes da fama.

Os dois últimos gravaram depoimentos exclusivos para o filme dirigido por Waldir Bronson. Foi lá que Chico César cantou “Béradêro” pela primeira vez, causando um choque no público durante a execução do seu cyber-aboio.

Alternando entrevistas e material de arquivo, “Fampop: 40 anos de Música e História” tem roteiro do jornalista Flávio Mantovani.

O filme traz os bastidores da primeira edição da feira realizada em julho de 1983, que já trouxe nomes importantes do meio independente.

A edição foi vencida por Genésio Tocantins, então Genésio Sampaio, que vinha fazendo barulho de outros festivais. A composição “Tempo de Colheita” havia lhe garantido menção honrosa no festival da TV Tupi realizado em 1979.

Nova geração da MPB
Mas a história da Fampop vai além de Lenine, Chico César, Jorge Vercillo, Bráulio Tavares e Moacyr Luz, entre outros figurões que concorreram no festival de Avaré ao longo das décadas.

Nome da nova geração da MPB, Dani Black foi o vencedor do festival em 2009 com a música “Oração”. Além de gravar a canção em 2013, Ney Matogrosso usou um verso da composição para dar nome ao seu disco “Atento aos Sinais.

“O trabalho também busca entender a influência da Fampop para a nova geração de compositores da cena autoral avareense e nacional”, destaca o diretor Waldir Bronson.

Tim Maia: da Fampop para o livro de Nelson Motta
“Fampop: 40 anos de Música e História” aborda ainda o folclórico show do patrono Tim Maia em 1994, quando o cantor carioca subiu ao palco “calibrado” por substâncias lícitas e ilícitas.

A passagem é tão antológica que foi parar no livro “Vale Tudo”, biografia de Tim escrita pelo jornalista Nelson Mota.

“Tivemos acesso a imagens inéditas do show”, conta Flávio Mantovani. “E não é só isso. O filme conta a saga vivida pela produção no hotel, bem como o truque utilizado para atrasar a chegada de Tim ao ginásio, já que o cantor quis começar o show antes do horário previsto”, afirma o roteirista.

Flávio Mantovani e equipe durante a produção do documentário

 Serviço
“Fampop: 40 anos de Música e História” foi produzido com recursos da Lei “Paulo Gustavo”, via edital lançado pela Secretaria de Cultura de Avaré.

A produção do documentário é composta ainda por Karlo Saintmann (produtor-executivo), Sílvia Beltrami (assistente de direção), Raphael Marcusso (cinegrafista) e Sebastião Severino (áudio).

Assista ao documentário “Fampop: 40 anos de Música e História” no link abaixo: