Profecias

Um olhar astrônomo
Arrepiado de felicidades
Convidou-me na praça
Em frente à igreja
Para um jantar de quatrocentos talheres
À luz das galáxias

Saciei minha fome de estrelas
Bebendo na cauda, o vinho dos cometas,
[que chovia em abundância]
E anunciei bêbado de profecias

Senhores, desculpem-me!

Guardem a cruz,
A espada do centurião,
A bíblia e o calvário
Desta vez vim ao planeta
Apenas a passeio.

* Carlos Alberto Muzille é escritor e ativista ambiental e cultural