Entre o dilema e a contradição
Mantenha o foco.
Observe com atenção,
Os máximo de detalhes que conseguir,
Sorria ao caos que vibra esta base,
Sobretudo, mantenha o foco.O que os olhos não vêem, a audição se aguça.
O que seus ouvidos não ouvem, o olfato se dilata e a sua língua faz vibrar suas cordas vocais.
O que o som não alcança? Até seu corpo dança conforme a música.
E o coração está sempre lá, sentindo tudo o que todos tem a oferecer.
Ao menos, que você mantenha o foco.Não precisa absorver tudo,
Não precisa observar tudo,
Apenas o necessário para desenhar seu território.
Até onde a influência de suas vibrações pode alcançar?
Com que frequência podemos nos conectar?
O foco.
A forma,
A foto
O fácil.Se tudo fosse tão fácil quanto abaixar a cabeça e se trancar na própria piscina de bolinhas,
Quem sabe seríamos mais pacientes.
Mas o tempo é curto e a vida frágil.
E o valor oscila com sua divergência, com sua imprevisibilidade.
Se não tomar as rédeas, sua carruagem se desmonta.
Se ficar preso demais ao ponto de ter medo de improvisar, vai se afogar no próprio esquecimento.
Logo, não terá nem o brilho mais comum e se tornará fosco e vazio.
Como um nada.E já pontuando,
Nadar de costas, jacaré abraça.
Mantenha o foco antes de entrar nas águas desconhecidas.
Antes de pisar no terraço, veja se não há lava-pés no caminho.
Qualquer desatenção vira papo de cadeia alimentar e seleção natural.
Por isso é importante manter o foco.
* Pasqualin é escritor e ativista cultural