Texto escrito por Tauane Karine Baitz da Silva, aluna de graduação de Engenharia de Biossistemas em FZEA-USP, orientada pelo Prof. Dr. Fabrício Rossi no Programa Unificado de Bolsas da USP.
Existem diversos tipos de fontes de energias, e podemos dividi-las em fontes renováveis e não renováveis. A energia marítima ou energia das ondas, é uma fonte renovável, a água é um recurso natural e abundante, e uma das fontes para produção de energia que não contribui para o aquecimento global. A energia gerada a partir dos oceanos pode ser dívida em: energia das marés, energia das ondas, correntes (marés e oceânicas), gradiente de temperatura e gradiente de salinidade.
A Energia gerada pelas ondas possui um grande potencial de exploração, há várias regiões com aptidão para o aproveitamento da energia de ondas, e nos últimos anos essa fonte de energia vem sendo muito estudada no Brasil nos últimos anos, na tentativa de diminuir os custos e melhorar as tecnologias.
A energia das ondas pode ser obtida de duas formas, em águas profundas ou em águas rasas.
No Brasil em 2012, foi instalado um projeto piloto de energia de ondas, a Usina do Porto do Pecém, está localizada no Ceará, o projeto que nasceu com uma parceria dos pesquisadores da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia (COPPE), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é financiado pela Tractebel Energia, dentro do programa de P&D da Aneel, e conta com apoio do Governo do Estado do Ceará.
O potencial teórico a ser gerado, é de mais ou menos 100 quilowatts (KW) para o abastecimento de energia do principal porto cearense.
E como funciona a energia das ondas?
A energia de ondas é constituída por módulos, sendo assim cada módulo é formado por um flutuador, um braço mecânico e uma bomba conectada a um circuito de água doce. A medida que as ondas passam, os flutuadores acabam subindo e descendo, e assim acionando as bombas hidráulicas, que fazem com que a água doce contida em um circuito fechado, circule em um local de alta pressão.
Essa água que sofre alta pressão vai para um acumulador, que tem água e ar comprimidos em uma câmara hiperbárica. Além das ondas, o mar oferece a possibilidade de geração de energia impulsionada pela movimentação das marés. De acordo com estudos, o Brasil tem condições de explorar todas essas fontes, em diferentes pontos ao longo da faixa litorânea.
Estima-se que os 8 mil quilômetros de extensão litoral no Brasil podem receber usinas de ondas suficientes para gerar 87 gigawatts. Sendo assim deste total, 20% seriam convertidos em energia elétrica, o que aproximadamente equivale a cerca de 17% da capacidade total instalada no País.
Como todo tipo de energia existem vantagens e desvantagens. As vantagens da utilização da energia das ondas são:
- Energia renovável.
- Apresentar riscos mínimos ao meio ambiente.
- Possuir grande volume de água do mar para geração de energia.
Existem também as desvantagens da energia das ondas, que também devem ser consideradas:
- Altos custos de instalação dos equipamentos.
- As instalações devem ser fortes e sólidas o suficiente para resistirem às tempestades, ao mesmo tempo em que devem ser sensíveis o bastante para captação da energia das marés.
Atualmente, como se encontra a Usina de Pecém?
Em 2016, a Usina de Pecém, se encontrava abandonada, devido ao fim do contrato com a Tractebel Energia. A previsão era de retomada do projeto em 2017, em um novo ponto, mas não há informações claras a respeito de retomadas e de como está atualmente.
Entenda mais em:
https://www.youtube.com/watch?v=ww-3a7KtJG4
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