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“É uma medida que vai na contramão da história”, diz Jacob.
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“Pessoas de idade tem um longo histórico que esquecem de contar”, diz
a geriatra Liz, do HU.
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Contraponto
Ainda é cedo para afirmar se a
iniciativa do governo vai dar certo. No
entanto, o médico Wilson Jacob,
diretor do serviço de geriatria
do Hospital das Clínicas, ressalta
alguns pontos que considera extremamente
falhos.
“Só quem acompanha pacientes do
SUS sabe o quanto é difícil
a nossa população preservar
e portar documentos, exames clínicos,
carteira de vacinação, etc.
O caminho correto é informatizar
as informações e fornecer
uma senha. Assim, o paciente e/ou seu responsável
legal poderá abrir um prontuário
eletrônico via internet onde constarão
todos os dados fundamentais ao atendimento
do paciente.”
Jacob também acha que a caderneta
deixa vulneráveis informações
pessoais que deveriam ser sigilosas. “ Como
garantir que os idosos terão condições
de discernir quem pode acessar sua caderneta
de saúde?”
Idade frágil
Segundo informa a assessoria do Ministério
da Saúde, a caderneta pretende abranger
a possibilidade de cuidados com os idosos
frágeis. São considerados
frágeis aqueles com doenças
causadoras de incapacidades funcionais,
os hospitalizados recentemente por quaisquer
razões, os que passam a maior parte
do tempo na cama, e os maiores de 75 anos.
São consideradas autônomas
as pessoas capazes de tomar banho, alimentar-se,
pegar transportes, organizar medicamentos
e cuidar de outras necessidades básicas
sozinhas.
A geriatra Liz Yoshihara, do Hospital
Universitário, lembra que uma das
dificuldades que pacientes idosos apresentam é explicar
todas as suas fragilidades na saúde.
Por isso, deixa algumas recomendações
(veja abaixo) para quem toma conta
de pessoas de idade avançada.
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