
“O que gera a infidelidade são a rotina e a falta de carinho e comunicação
entre os parceiros.” Clésio de Oliveira Pereira |
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Enquanto quem trai
experimenta a elevação da auto-estima,
o traído sente raiva, depressão
e, em casos extremos, pensa em suicídio.
Ainda assim, nem todo relacionamento que
passa por uma situação de infidelidade
resulta em rompimento. “Quando o amor é verdadeiro
e a relação é sólida,
o ressentimento produzido por uma traição
casual nem sempre significa a destruição
da união”, acredita Almeida. “A religião
e a situação financeira da
família afetam bastante a decisão
de dar uma nova chance ao casamento ou dissolvê-lo.”
Para Clésio de Oliveira Pereira,
vigilante na Escola de Educação
Física e Esporte, geram a infidelidade,
a rotina e a falta de carinho e comunicação
entre os parceiros especialmente em um
casamento. “É preciso aceitar os
defeitos do outro e aprender a amar cada
dia mais. Se a pessoa acha que vai trair, é porque
não está mais amando”, acredita
Pereira.
“O afeto e a cumplicidade entre o casal
podem cicatrizar a ferida deixada pela
passagem da infidelidade”, garante o psicólogo.
Há quem consegue dar ao episódio
pequena importância e não
se sente impossibilitado de continuar o
relacionamento. Algumas vezes, a pessoa
traída hesita em confiar no companheiro.
O importante para restaurar a confiança,
segundo Almeida, não é fazer
promessas de monogamia, mas manter um compromisso
de honestidade e compartilhar sentimentos.
O que pouca gente sabe é que a
infidelidade pode advir de um comportamento
doentio. “Por muitas razões, que
variam desde disfunções orgânicas
a exposição de modelos inadequados
de comportamento ou traumas, as pessoas
podem exibir em seus comportamentos formas
patológicas de traição
que as afetam diretamente e a todos à sua
volta. Cada caso deve ser analisado cuidadosamente.”
Os motivos que levam à infidelidade
variam entre homens e mulheres.
Nos depoimentos de seu estudo sobre traição,
Almeida ouviu os homens dizerem que se
permitir ser paquerado por outra pessoa,
que os atraia física, amorosa ou
sentimentalmente sem deixar que o parceiro
saiba é um desses passos. Entre
as mulheres, os comportamentos relacionados à infidelidade
que mais se destacam são, por exemplo,
continuar a receber ligações
de ex-namorados sem o conhecimento do parceiro. |
“A
internet aumenta as oportunidades de se engajar
em comportamentos amorosos infiéis
e, dependendo da motivação
de cada pessoa e do andamento do relacionamento
atual, as traições, de fato,
se consumam.” Thiago de Almeida |
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É comum as pessoas
buscarem, em algum momento da vida, um parceiro
para compartilhar afetividade, alegria, prazer,
companheirismo, sexualidade. O futuro de um
relacionamento não é totalmente
regido por contratos como uma aliança
na mão esquerda, mas na ênfase
do compromisso de exclusividade que se vivencia
no dia-a-dia, e esta pode ser uma escolha mútua,
ou não. “Sabemos o que é preciso
fazer para um relacionamento ser, no mínimo,
satisfatório: fugir da rotina, cultivar
diariamente o amor que sentimos pelo parceiro
através de comportamentos, pensamentos
e sentimentos e incentivar o diálogo
e a partilha”, aconselha o psicólogo. |