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“Nosso laboratório tem como perspectiva e como meta incentivar que os
estudantes sejam empreendedores. Algumas empresas de alunos já estão
consolidadas.” José Reinaldo Silva
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Professor do Cepê, Edson Baccani lembra da época em que
organizava campeonatos pela Liga das Atléticas, ainda como estudante: “Era
um trabalho muito minucioso, que tomava muito tempo”.
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Coordenador dos Jogos da Cidade, Fredi Pimentel destaca: “Não
existe melhor meio de tirar criança da rua, de promover a inclusão
social, de dar noções de coletividade, respeito ao próximo,
unidade e trabalho em grupo, que o esporte”.
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Eston Santos, doutorando da Poli que
coordenou o projeto de criação
do software, revela como ele foi desenvolvido: “Efetivamente,
a tecnologia que utilizamos foi internet.
Nossa contribuição acadêmica
fica por conta de um algoritmo (programa
de computador) que faz toda a distribuição
das equipes e a alocação
dos jogos por local de disputa”. Cabe aos
organizadores cadastrar os inscritos, as
datas e locais disponíveis e o tempo
de duração dos jogos. Com
essas informações, o software
gera os confrontos e aloca os jogos automaticamente. “Antes,
a geração dessas tabelas
levava de três e quatro meses, pois
tudo era feito manualmente. Agora, basta
apertar um botão”, completa.
O desenvolvimento do software ocorreu
através de uma parceria entre o
DesignLab e a thinkUp, empresa da qual
Eston Santos é sócio-proprietário. “A
Poli tem um programa de incentivo ao empreendedorismo
(Minerva) que estimula os alunos a criarem
seus próprios negócios. A
Universidade faz a transferência
de tecnologia para esses alunos, com tudo
legalizado”, esclarece o engenheiro.
José Reinaldo Silva, professor
da Poli e coordenador do DesignLab, explica
que toda a fundamentação
teórica que possibilitou o desenvolvimento
do programa foi realizada no laboratório
e tornada pública, através
de publicações científicas.
Já a aplicação desse
conhecimento produzido, ou seja, a implementação
e confecção do eCampeonatos,
foi feita pela empresa.
O professor justifica o incentivo ao empreendedorismo
numa comparação com os Estados
Unidos: “Segundo pesquisa do Sebrae, no
Brasil, 80% dos universitários que
saem da universidade pretendem arrumar
um emprego e somente 20% têm a iniciativa
de montar seu próprio negócio.
Nos EUA, os números são iguais,
porém invertidos, ou seja, 80% das
pessoas saem para montar seu próprio
negócio enquanto 20% procuram emprego.
Isso faz com que a pequena e a média
empresa americana tenham um dinamismo próprio
com o qual a nossa jamais sonhou”.
O convênio para utilização
do software foi feito entre a Prefeitura
e a thinkUp, através de um contrato
renovado anualmente. Em 2005 e 2006, foi
acordado que a Prefeitura utilizaria o
software gratuitamente. Este ano, a empresa
tenta acertar uma maneira de obter um retorno
financeiro. Segundo Eston Santos, o investimento
da thinkUp, em termos de horas trabalhadas,
de 2004 até o final de 2007, vai
chegar a R$1 milhão. No entanto,
ele garante que, caso a Prefeitura não
consiga viabilizar o pagamento ainda este
ano, ela poderá continuar utilizando
o software.
Edson Bacani, professor de basquete no
Centro de Práticas Esportivas da
USP, lida com os esportes desde sua época
de estudante, quando fazia parte da Liga
das Atléticas da USP e participava
da organização de campeonatos. “Era
um trabalho muito minucioso, que tomava
muito tempo”, realça. Mas para além
da agilização administrativa
que o eCampeonatos possibilitou à Secretaria
de Esportes, há os benefícios
indiretos trazidos com utilização
dessa ferramenta tecnológica, como
a inclusão digital.
Em todas as subprefeituras, os cidadãos
encontram praças de atendimento
com computadores disponíveis, onde
podem fazer a inscrição e
receber assistência, caso não
tenham conhecimentos de informática.
Ademais, Fredi Pimentel destaca: “Não
existe melhor meio de tirar criança
da rua, de promover a inclusão social,
de dar noções de coletividade,
respeito ao próximo, unidade e trabalho
em grupo, que o esporte”. |