A lógica do tomate

 

© Francisco Emolo
Uso do supercomputador já está organizado, mas “o bolo de carne é menor que a fome dos pesquisadores”, diz Oliveira. Ele ressalta também o efeito positivo de se compartilhar o equipamento segundo regulamentação do laboratório: “O LCCA ganha força dentro da USP, ele estava muito apagado. E faz difundir conhecimento para uso de máquinas avançadas”.


Quem pode usar?

Escola Politécnica (EP), Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG), Instituto de Física (IF), Instituto de Química (IQ), Instituto de Matemática e Estatística (IME) são algumas das primeiras unidades beneficiadas.

O ex-pró-reitor de Pesquisa e professor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), Luiz Nunes de Oliveira, coordenou 66 grupos de pesquisadores que se reuniram para justificar o investimento da Fapesp, em 2004. A esses grupos ficou reservado 90% do tempo de uso do computador durante os dois primeiros anos.

Para quê serve o computador?

Durante o workshop na Poli, cinco pesquisadores com prioridade para uso mostraram as necessidades de suas pesquisas. Estavam presentes João Batista (Poli), Marco Gubitoso (IME), Marília Caldas (IF), Ricardo de Camargo (IAG) e Sérgio Verjovski (IQ).

“O Brasil tem uma série de pesquisas que não avançam ou não são aplicadas em projetos por falta de equipamentos capazes de rodar os dados,” apontou o professor Batista. Ele mencionou exemplos de mestrados e doutorados da Poli, como estudos sobre os sistemas de vigilância e controle de tráfego aéreo, que agora devem deslanchar em suas análises probabilísticas e em outras séries longas de cálculos.

Com o novo equipamento, cálculos e avaliações complexas que duravam seis meses poderão ser feitos em um dia.

   

Para o professor Ricardo de Camargo (IAG), o supercomputador vai auxiliar a manipulação de arquivos pesados e o suporte de softwares para visualização 3D das modelagens atmosféricas e circulações oceânicas. “A idéia é ajudar as previsões para melhorar nosso produto de pesquisa,” explicou.

A professora Marília (IF) expôs os requerimentos da investigação nanotecnológica, mas antes brincou: “Eu já estive dos dois lados: como usuária de computação avançada e como diretora do LCCA (Laboratório de Computação Científica Avançada), que fornece as soluções em informática avançada. Agora, novamente como usuária, quero ser a persona chata. Pretendo pedir todo o necessário para as pesquisas”.

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