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Desvendando mistérios
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Dos cerca de 13 mil corpos que passam pelo
SVOC todos os anos, apenas uma parcela ínfima
pode ser retida para estudos acadêmicos.
Isso acontece porque a maioria deles tem
que ser devolvida aos seus familiares, que
ficam apenas esperando o diagnóstico
para poder sepultá-los. O encarregado
do setor de recepção do SVO,
Mário Lúcio Romão,
conta como é o contato com essas
famílias: “Geralmente as pessoas
chegam nervosas, transtornadas. A família
quer que libere logo, não quer que
faça autópsia”. Jonivaldo
Pereira de Araújo, que ocupa a mesma
função, explica como procura
lidar com essa situação delicada.
“Tem que ir contornando, porque eles
já vêm de um hospital, o que
é muito desgastante. Nós orientamos,
dizemos que tem que esperar a documentação,
esperar o médico fazer a autópsia”,
afirma.
Entretanto, no decorrer do procedimento
normal de necropsia, as chamadas ligas médicas
de estudantes têm a oportunidade de
fazer estudos anatômicos mais aprofundados,
sem prejudicar a liberação
dos atestados de óbitos. Além
disso, o desenvolvimento de pesquisas não
depende tanto da retenção
dos corpos. Basta o estudo de órgãos
específicos, que podem ser obtidos
com maior facilidade. Entenda as diferentes
necessidades do ensino e da pesquisa e conheça
os trâmites necessários para
a retenção dos corpos não-reclamados
lendo a matéria “Abandonados
à porta da ciência”.
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